Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2846

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa Outros
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Jussara Mencalha
Orientador ANGELO PALLINI FILHO
Outros membros Ana Maria Guimarães Bernardo, André Costa Cardoso, Arnoldus Rudolf Maria Janssen, Cleide Rosa Dias
Título Comportamento anti-predação do ácaro Tetranychus evansi mediante pistas do predador Phytoseiulus longipes
Resumo A capacidade de uma presa em detectar pistas que indicam a presença de seu predador é fundamental para evitar a predação. Após a percepção dessas pistas as presas podem exibem comportamentos anti-predação que contribuem para a sua sobrevivência e sucesso reprodutivo. O ácaro Tetranychus evansi é uma importante praga de tomate e o seu principal predador é o ácaro Phytoseiulus longipes. O objetivo do trabalho foi verificar se T. evansi é capaz de detectar pistas indicativas da presença de P. longipes e alterar seu comportamento a fim de evitar a predação. Discos foliares foram recortados a partir de folhas de tomate, parte desses foram mantidos limpos e os outros foram infestados com vinte e cinco fêmeas adultas de P. longipes. Após quatro horas, removeram-se os predadores e seus ovos e liberou-se em cada disco uma fêmea de T. evansi de nove dias de idade. O comportamento de T. evansi foi observado por dez minutos, e após 24 horas foi avaliada a taxa de oviposição. Foram realizadas dez repetições. Como controle, arenas foram usadas sem pistas de predadores. As fêmeas de T. evansi apresentaram maior frequência de tentativas de fuga dos discos com pistas do predador do que nos discos limpos. Para melhor avaliar o comportamento de fuga de T. evansi, no experimento seguinte foi dado a T. evansi a possibilidade de fuga. Para isso, uma arena composta por dois discos (Ø = 1,7 cm) conectados por uma ponte (1,5 x 1,0 cm) foi recortada a partir de folíolos de tomate. Dez fêmeas de T. evansi foram liberadas nos discos, após 24 h foram liberadas 25 fêmeas de P. longipes em um dos discos. As outras arenas permaneceram apenas com as fêmeas de T. evansi. Após quatro horas, retiraram-se os ácaros de todas as arenas e liberou-se uma fêmea de T. evansi no centro de disco com pistas de predadores. Desse modo, T. evansi tinha a opção de permanecer no disco com pistas de P. longipes + T. evansi ou escapar para o disco com pistas somente de T. evansi. Como controle, arenas foram usadas com pistas de T. evansi nos dois discos, sem pistas de predadores. A posição da fêmea foi avaliada de hora em hora durante 6h e após 48h. Houve maior fuga das fêmeas de T. evansi liberadas em disco contendo pistas do predador do que das fêmeas liberadas nos discos com apenas T. evansi. Conclui-se que T. evansi é capaz de reconhecer pistas de seus predadores e alterar seu comportamento visando evitar a predação.
Palavras-chave controle biológico, interação predador-presa, manejo de populações
Forma de apresentação..... Painel
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