Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2833

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Alimentos, nutrição e saúde humana
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Luiz Carlos Maia Ladeira
Orientador MARIA TERESA FIALHO DE SOUSA CAMPOS
Outros membros DIONE DE MARCHI, ELIANA CARLA GOMES DE SOUZA, LUCIANA FERREIRA DA ROCHA SANT ANA
Título Conhecimento em Gastronomia e Saúde Nutricional de Profissionais da Cozinha Mineira: Reflexões Sob a Ótica do Discurso Alimentar
Resumo Tratando-se de refeições e de saúde procedimentos seguros são princípios fundamentais, instigando condutas e atitudes corretas para que os chefs ou cozinheiros possam saber expressar a “arte da criação” gastronômica com os conceitos que atendem a segurança alimentar. A saúde nutricional dessa categoria profissional deve se manter adequada para garantir desempenho e qualidade no trabalho. No Brasil, poucas são as pesquisas que visam conhecer, com aprofundamento, os conceitos, as percepções e as vivências dos chefs e cozinheiros com relação à sua saúde nutricional e, consequente, aplicação na gastronomia. Objetivou-se analisar a aplicação do conhecimento em gastronomia na saúde nutricional de chefs e cozinheiros de restaurantes comerciais do município de Tiradentes, MG, por ser patrimônio cultural e polo de cultura e gastronomia no Estado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, na qual foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, adotando-se para análise a técnica de Análise de Conteúdo. O estado nutricional foi classificado através do Índice de Massa Corporal (OMS, 2000) e o projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos/UFV (n.19151613.9.0000.5153). Eles auto-referiram como saudáveis, porém, a negação de presença de doenças não indica a condição de saúde dos entrevistados. Quanto ao estado nutricional constatou-se que 50% se encontravam eutróficos, 37,5% com sobrepeso e 12,5% com obesidade grau III, sendo 44,4% do sexo masculino e 55,6% do feminino, com idade variando de 21 a 51 anos. A mediana de tempo de trabalho entre os cozinheiros foi de 3 anos e entre os chefs de 12,5 anos. Três dos entrevistados não frequentaram curso profissionalizante de cozinha, sendo estes eutróficos. Dos que fizeram cursos profissionalizantes (n=5), apenas um era eutrófico, demonstrando que, neste caso, o conhecimento em gastronomia não influiu na própria saúde nutricional. Constatou-se que nas enunciações há forte menção ao “ato de beliscar” pelo acesso constante aos alimentos ou pela necessidade de se provar as preparações, o que acaba contribuindo para a omissão das principais refeições; como, também, a preocupação em elaborar receitas excluindo-se nutrientes que julgam prejudicar a saúde do comensal. Entretanto, a questão da técnica de cocção dos alimentos, para o alcance da gastronomia saudável, requer mais conhecimentos do que restrição de nutrientes ou de ingredientes. A associação entre conhecimentos em gastronomia e estado de nutrição adequado não foi evidenciada, requerendo o aprimoramento dos cursos de formação e a conscientização de atitudes para uma efetiva aplicabilidade desses conhecimentos na gastronomia saudável. A ciência da nutrição deve participar da formação e evolução deste tipo de serviço de alimentação, que é parte do patrimônio cultural de uma nação, garantindo que a gastronomia tome rumos em favor da saúde e da nutrição adequada.
Palavras-chave cozinheiros, gastronomia, saúde nutricional
Forma de apresentação..... Painel
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