Resumo |
Uma importante técnica para estimar o movimento em uma sequência de imagens é o chamado Optical Flow (Fluxo Ótico), que é a distribuição da velocidade aparente do movimento dos padrões de intensidade em uma imagem. O cálculo de Fluxo Óptico neste trabalho, foi feito utilizando-se o método matemático de Horn & Schunck. Este método requer condições de suavização, restrição, minimização, estimações e algumas simplificações, que se forem criteriosamente respeitadas podem gerar um cálculo eficiente de Fluxo Óptico. Empregando esse método matemático, um algoritmo calcula o Fluxo Óptico na região em torno na boca de um interlocutor em uma sequência de imagens (vídeos). Através deste cálculo, gera-se um coeficiente de gradiente de deslocamento utilizado para o estudo do movimento facial, a fim de se observar e mensurar diferenças para experimentos envolvendo (ou não) o Efeito Lombard. O objetivo principal deste trabalho é aprimorar o estudo do movimento facial na produção acústica, através uso do Fluxo Ótico, podendo-se assim, analisar as diferenças existentes deste movimento na fala com e sem o Efeito Lombard. A principal necessidade de aprimoramento que vem sendo estudada, é uma interferência na estimativa do Fluxo Óptico causada pelo método de aquisição das imagens, e pelo fato do objeto de estudo desejado ser somente a região em torno da boca do interlocutor. Ao gravar os vídeos onde o locutor responde a perguntas quando o mesmo é submetido a certos níveis de ruído, e ao extrair o Fluxo Óptico da região da boca nestas sequencias de imagens, é captado juntamente com o movimento proveniente da fala, o movimento de cabeça do voluntário, em seis graus de liberdade possíveis. É justamente esta interferência que desejamos eliminar, ou compensar. Foi solicitado a um voluntário que imaginando o espaço tridimensional com os x, y e z, proferisse algumas palavras enquanto tentava reproduzir cada um dos seis movimentos de cabeça: rotação em torno do eixo vertical (y), rotação em torno do eixo horizontal (x), translação ao longo do eixo x , rotação em torno do eixo perpendicular à face (z), translação ao longo do eixo z, translação ao longo do eixo y. Desta forma, realizou-se uma análise desses movimentos , tentado estudar cada um da forma mais pura possível, tendo-se a limitação da anatomia humana, que não permite que cada movimento seja executado de forma totalmente isolada. Comparando os resultados dos vídeos cujos voluntários proferiram as mesmas palavras executando e sem executar os movimentos de cabeça, realizou-se a identificação dos movimentos que vem causando maior interferência em nossas estimativas de Fluxo Óptico, para que posteriormente, sejam buscadas técnicas de compensação para os mesmos. |