Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2782

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia, produção e manejo animal
Setor Departamento de Zootecnia
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Caroline Teixeira Bonifácio
Orientador ALOIZIO SOARES FERREIRA
Outros membros Marcos Henrique Soares, Melissa Fabiola dos Santos Alves Mendes, Roberta Corsino Ferreira, Wilams Gomes dos Santos
Título Comportamento de matrizes suínas em gestação em diferentes tipos de alojamento
Resumo A produção animal aumentou consideravelmente nos últimos anos para atender o crescimento do consumo de carne pelos humanos. Assim, os animais foram mantidos em populações cada vez mais concentradas e a criação passou a ser na maioria intensiva na forma de confinamento. Nesse sistema de criação intensivo os animais são mantidos em instalações com espaços reduzidos resultando em alteração comportamental desses animais, gerando diversas situações de estresse.
O estudo desses sistemas de alojamentos é de extrema importância visto que muitos dos atuais problemas na criação não podem ser solucionados somente com estudos de ambiência ou fisiologia e sim por estudos do comportamento.
Portanto, o presente experimento foi realizado no Setor de Suinocultura do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa, entre junho e setembro de 2011, com intuito de estudar a influência dos diferentes tipos de alojamentos no comportamento de matrizes suínas em gestação.
Foram utilizadas 48 matrizes distribuídas em um delineamento inteiramente casualisado com quatro tratamentos e doze repetições. As matrizes foram alojadas aos 30 dias de gestação sendo distribuídas aleatoriamente nos tratamentos. Os tratamentos foram: (T1) gaiolas de gestação; (T2) baias coletivas de gestação com comedouros; (T3) baias coletivas de gestação sem comedouros e (T4) baias coletivas de gestação com piquetes e sem comedouros. O comportamento das matrizes foi monitorado por sistema de câmeras acopladas a microcomputadores com placas de gravação e leitura de imagens, posteriormente analisados pelo experimentador. Foram colhidos amostras de sangue em todos as matrizes para dosagem sérica de cortisol e amostra de fezes para dosagem de metabólicos de glicocorticóides fecais.
As variáveis ambientais apresentaram-se dentro da zona de conforto térmico para a fase de gestação. As matrizes alojadas em baias coletivas de gestação com piquetes (T4) tiveram menor porcentual de tempo despendido com estereotipias que as matrizes dos demais tratamentos.
Houve diferença significativa entre os tratamentos para a média de cortisol sérico do período de gestação, sendo que os menores níveis foram encontrados nas matrizes alojadas em baias coletivas de gestação (T3 e T4). Verificou-se também que as matrizes alojadas em gaiolas de gestação (T1) tiveram os maiores níveis de cortisol sérico em comparação com as demais matrizes, devido ao maior nível de estresse proporcionado pela gaiola.
Quanto ao nível de metabólicos fecais de cortisol não houve diferença significativa entre os tratamentos do período de gestação.
Assim pode-se concluir que baias coletivas de gestação proporcionaram melhores condições de bem-estar para as matrizes, quando comparadas às gaiolas de gestação e das baias coletivas de gestação, aquelas com piquetes (T4) apresentaram maior vantagem, uma vez que reduziram as estereotipias e proporcionaram a manifestação de comportamentos mais próximos do natural.
Palavras-chave Bem estar animal, cortisol, estereotipias.
Forma de apresentação..... Oral
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