Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2760

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Direito público e privado
Setor Departamento de Direito
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Mônia Aparecida de Araújo Paiva
Orientador DAVI AUGUSTO SANTANA DE LELIS
Título Os graus de vinculação na atuação da administração pública nas políticas públicas de distribuição de medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica do Sistema Único de Saúde – SUS
Resumo A pesquisa realizada buscou abordar a atuação da Administração Pública na elaboração e execução das políticas públicas de distribuição de medicamentos que compõem o componente especializado da assistência farmacêutica do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da releitura da discricionariedade administrativa, surgida com o advento da teoria dos princípios. A pesquisa teve como objetivo geral identificar a margem de atuação conferida pela Constituição Federal ao legislador e ao administrador na edição de leis, políticas públicas e atos administrativos referentes ao direito à saúde, especialmente à distribuição de medicamentos do componente especializado da assistência farmacêutica, e o grau de vinculação desses agentes a estas normas, bem como a legitimidade do controle jurisdicional de tais atos. Como objetivos específicos buscou-se investigar o princípio da separação dos poderes e o conceito de interesse público; examinar o entendimento acerca da discricionariedade administrativa à luz de diversos autores, inclusive para mais moderna doutrina; analisar as principais normas que disciplinam o direito à saúde e a assistência farmacêutica no ordenamento jurídico brasileiro, desde a Constituição Federal até as portarias e decretos; avaliar a legitimidade do controle jurisdicional dos atos administrativos que regulamentam o acesso da população aos medicamentos do componente especializado que estão incluídos ou não nas listas do Sistema Único de Saúde. Para a realização da pesquisa, de cunho teórico, procedeu-se ao levantamento bibliográfico de conceitos e entendimentos já manifestados em livros, artigos, sites especializados e decisões judiciais acerca do objeto da pesquisa. A consulta à legislação, notadamente a Lei nº 8.080/1.990, que instituiu o Sistema Único de Saúde – SUS -, e às Portarias do Ministério da Saúde (MS) nº 3.916/1.998 e nº 1.554/2.013, assim como o Decreto nº 7.508/2.011, que regulamentou a Lei nº 8.080/1.990, também contribuiu para o desenvolvimento da pesquisa. Para o confronto das ideias, fez-se uso da análise interna desses documentos, bem como a análise externa, de forma a considerar as circunstâncias que permearam a sua elaboração, bem como de proceder a uma interpretação sistemática com o ordenamento no qual se encontram inseridos. Chegou-se à conclusão de que cabe ao administrador aferir a solução compatível em face das especificidades do caso concreto e do sistema constitucional, e ,quando o Poder Judiciário for chamado a se manifestar sobre um pleito de medicamento do componente estratégico, é preciso que haja a comprovação da real necessidade do medicamento. O que importa é ter em mente que a atuação não é mais livre, com a tomada da decisão que melhor aprouver à Administração e ao administrador, mas o cerne passa a ser outro: a pessoa humana e a atenção às suas necessidades, com vistas à promoção do bem estar comum.
Palavras-chave Discricionariedade administrativa, políticas públicas, graus de vinculação
Forma de apresentação..... Painel
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