Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2753

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Mário José de Oliveira Neto
Orientador MARIANA MACHADO NEVES
Outros membros MARIELLA BONTEMPO DUCA DE FREITAS
Título Histomorfometria das regiões do epidídimo de morcegos frugívoros Artibeus lituratus expostos ao fungicida mancozeb.
Resumo Mancozeb é um fungicida utilizado em lavouras brasileiras, principalmente em fruticulturas. Sabe-se que morcegos que se alimentam de frutos contaminados com este fungicida apresentaram alterações metabólicas e hepáticas. Não há relatos sobre seu efeito no epidídimo, importante órgão reprodutivo responsável pela maturação e estocagem de espermatozoides. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do mancozeb sobre parâmetros histomorfométricos epididimários. Foram utilizados morcegos da espécie Artibeus lituratus (n=15) divididos em três grupos (G=5/grupo). Animais do grupo G1 (controle 1) foram alimentados com mamão sem mancozeb e espalhante, enquanto que animais do G2 se alimentaram de mamão com espalhante adesivo (1 mL/L; controle 2) e do G3 receberam mamão com calda de espalhante adesivo (1 mL/L) e mancozeb (2 g/L) durante 7 dias. Os epidídimos foram obtidos após eutanásia (CEUA 106/2014) dos animais no oitavo dia de experimento, sendo eles fixados inteiros em solução de Karnovsky e incluídos em resina. Imagens microscópicas de 10 cortes histológicos de cada região epididimária, cabeça, corpo e cauda (aumento de 200X), foram analisadas no software Image Pro Plus 4.5, mensurando-se altura de epitélio (µm) e diâmetros, luminal e tubular (µm). A proporção volumétrica (%) de epitélio, lúmen e interstício foi avaliada através da contagem de 234 pontos sobre 10 cortes histológicos/região em aumento de 200X. Os resultados foram submetidos a ANOVA, sendo as médias comparadas pelo teste de Student-Newman-Keuls a 5%. Os resultados obtidos mostraram que houve um aumento no percentual de epitélio da região da cabeça epididimária nos animais do G3 (61,14 ± 3,05) em relação aos animais de G1 (52,0 ± 3,37) e G2 (51,2 ± 2,51). O percentual de interstício, na mesma região, foi menor em G3 (28,10 ± 3,86) que em G1 (36,0 ± 1,21) e G2 (36,77 ± 1,66). A região do corpo apresentou um aumento no diâmetro tubular médio em animais do G3 (148,75 ± 9,65) em relação aos animais do G1 (125,53 ± 10,05), e um aumento no percentual médio de interstício em G2 (40,0 ± 4,57), quando comparado com G1 (31,70 ± 4,56) e G3 (28,09 ± 6,77). Não foram observadas alterações histomorfométricas na região epididimária da cauda nos animais avaliados (P >0,05). O aumento no percentual de epitélio pode ter contribuído para a redução do percentual de interstício em animais tratados com mancozeb, quando analisada a região da cabeça. A ausência de alterações na região da cauda mostra que as porções mais proximais do epidídimo, relacionadas com a maturação espermática, foram mais sensíveis ao efeito do fungicida, considerando-se dados histomorfométricos. Sabe-se que o mancozeb altera o metabolismo de andrógenos, reduzindo a produção de andrógenos, que afeta a funcionalidade das células epiteliais epididimárias. Pode-se concluir que morcegos expostos ao mancozeb por 7 dias apresentam alterações histomorfométricas nas regiões epididimárias da cabeça e corpo.
Palavras-chave Pesticidas, morfometria, morcegos-da-fruta
Forma de apresentação..... Painel
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