Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2740

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Engenharia Agrícola
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Vinicius Gabriel Soares
Orientador LEDA RITA DANTONINO FARONI
Outros membros Gustavo Leite Milião, Juliane Laureano, MARIA CRISTINA DANTAS VANETTI, Raquel Rodrigues Santos
Título Uso do ozônio no controle de Pediococcus acidilactici na produção de vinho
Resumo Bactérias lácticas fazem parte da microbiota encontrada em uvas, mostos e vinhos. Apresentam relevância na indústria vinícola por serem benéficas às características organolépticas do vinho, mas também por poderem provocar alterações indesejáveis. A principal característica destas bactérias é a fermentação de carboidratos com produção de ácido lático. Dentre os gêneros de bactérias lácticas frequentemente encontradas em vinho pode-se citar o Pediococcus spp. Esse gênero é responsável pelo aumento da viscosidade do vinho na garrafa. Embora este defeito não seja muito visível, é absolutamente intolerável ao paladar. O método mais comumente utilizado para o controle microbiano na produção de vinhos é a adição de dióxido de enxofre (SO2). Apesar de sua eficácia, inúmeras reações adversas têm sido relatadas à saúde de algumas pessoas sensíveis aos sulfitos, como os asmáticos, além de ser altamente corrosivo a metais. O gás ozônio (O3) pode ser uma alternativa no controle desses microrganismos, uma vez que tem sido efetivo contra todas as formas microbianas. Neste contexto, o objetivo do trabalho foi verificar a eficácia do gás ozônio no controle de bactérias lácticas do gênero Pediococcus acidilactici (CCT 1622), in vitro. Para tanto foi preparado suco de uva, produzido de forma a simular os nutrientes disponíveis aos microrganismos no inicio do processo de vinificação, com pH 3,5 e 20 ºBrix. Amostras de 200 mL do suco de uva esterilizado foram inoculadas com 2 mL da suspensão de células de P. acidilactici, previamente padronizadas, de forma a obter a contagem inicial da ordem de 106 UFC mL-1. A aplicação do ozônio foi realizada em um tubo, similar a um frasco lavador de gás, com difusor poroso. O suco inoculado foi tratado com quatro concentrações de ozônio, variando de 0 a 7,5 mg L-1, por 10 min. Para comparação, foi realizado um tratamento padrão empregando-se metabissulfito de potássio (80 mg L-1), como fonte de SO2. Todos os tratamentos foram realizados em duas repetições. A contagem do P. acidilactici foi realizada por plaqueamento, antes e após os tratamentos, em ágar MRS, através da técnica de microgota. As placas foram incubadas por 24 h a 37 ºC, em microaerofilia. O delineamento utilizado foi o inteiramente casualizado e os resultados foram analisados por meio de análise de variância (ANOVA). Para a comparação das médias dos tratamentos com a testemunha foi utilizado o Teste de Dunnett, a 5% de probabilidade. Os tratamentos realizados com SO2 e 0 mg L-1 de ozônio não apresentaram redução da contagem inicial das bactérias. Os tratamentos com 2,5; 5,0 e 7,5 mg L-1 de ozônio foram capazes de reduzir as populações de P. acidilactici em 1,32; 3,60 e 6,27 ciclos log, respectivamente, diferindo do tratamento com SO2, ao nível de 5% de probabilidade. Conclui-se que o ozônio pode vir a ser empregado como uma alternativa no controle de P. acidilactici durante a produção de vinho.
Palavras-chave bactéria láctica, sulfito, ozonização
Forma de apresentação..... Painel
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