Resumo |
A crescente demanda por combustíveis renováveis em função do crescimento populacional, do aumento na produção de alimentos e da incerteza no suprimento do petróleo fizeram com que os biocombustíveis se tornassem uma ótima alternativa como fonte de energia limpa. Dentre eles destacam-se o etanol, produzido a partir da cana-de-açúcar, e o biodiesel, sendo a soja (Glycine max), a cultura responsável por 85% da matéria-prima utilizada na sua fabricação. Pinhão-manso (Jatropha curcas L.) e macaúba (Acrocomia aculeata) são oleaginosas promissoras para a produção de biodiesel e apresentam alto potencial. A primeira espécie tem produção estimada de 2,5 t/ha de óleo, enquanto a segunda, em monocultivo, pode produzir até 5 t/ha. Nesse contexto, o consórcio entre as duas espécies oleaginosas permite a produção de aproximadamente 7,5 t/ha de óleo, o que representa uma produção de pelo menos 50% a mais de óleo utilizando-se a mesma área. Além disso, há a implantação de pastagens nas entrelinhas, que serão ocupadas por gado de leite ou de corte, possibilitando agregação e diversificação na renda do produtor. Diante disso, este trabalho teve como objetivo a implantação de macaúba e seu monitoramento, para posterior consórcio com pinhão-manso e pastagem. O experimento, instalado em blocos casualizados, está sendo conduzido no Campus de Florestal, na Universidade Federal de Viçosa, e é composto por sete tratamentos, sendo quatro deles com macaúba, e três repetições. O transplantio de macaúba ocorreu entre os dias 10 e 16 de novembro de 2013, utilizando-se 612 mudas por bloco, distribuídas de acordo com o espaçamento definido para cada tratamento. Inicialmente realizou-se a roçagem e marcação da área, o coroamento e o coveamento com utilização de trator. Em seguida realizou-se a adubação das covas, utilizando-se 500 g/cova de NPK da formula 06:30:06, o transporte das mudas até a área e, por último, o transplantio das mudas. Após 30 dias realizou-se a adubação de cobertura, utilizando-se 200 g/muda de NPK da formula 20:05:20 e o controle de plantas invasoras com aplicação de calda herbicida composta por Gliphosato + 2,4 D ao redor das plantas. Nas entrelinhas o controle de invasoras foi feito por roçagem mecânica. O experimento foi monitorado a cada dois meses, sendo realizada a avaliação do desenvolvimento das plantas e o controle de plantas daninhas. Verificou-se o crescimento das plantas sem sintomas de deficiência de nutrientes e sem incidência de pragas e doenças. Dessa forma a área esta apta à receber o plantio de mudas de pinhão-manso e em seguida da pastagem, permitindo o consórcio entre as duas oleaginosas. |