Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2730

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, Outros
Primeiro autor André Ferraz Teixeira
Orientador ELISEU JOSE GUEDES PEREIRA
Outros membros Afonso Frade Canuto, Aniely Contreiro Saar, Diogo Ferreira de Oliveira, Nilson Rodrigues da Silva
Título Toxicidade de Proteínas Bt a duas Espécies de Lagarta-Alvo de Culturas Bt no Brasil
Resumo Cultivos sucessivos e adjacentes de algodão, soja e milho no cerrado brasileiro proporcionam fonte de alimento e abrigo para insetos polífagos que atacam estas culturas. Esta paisagem de cultivo deve ser considerada no uso de variedades geneticamente modificadas resistentes à insetos, as quais expressam toxinas de Bacillus thuringiensis (Bt). Os cultivares Bt de milho, algodão e soja em uso, expressam constitutivamente (i.e., de forma contínua) proteínas inseticidas de Bt em comum (p.ex., Cry1Ac, Cry1F e Cry2A), e portanto exercem alta pressão de seleção para resistência de pragas-alvo das toxinas de Bt, o que pode resultar em perda de eficácia dessas variedades transgênicas no controle de pragas. O objetivo do trabalho foi determinar a susceptibilidade de Heliothis virescens e Chrysodeixis includens às proteínas inseticidas Cry2Aa, Cry1Ac e Cry1F de B. thuringiensis. Os insetos foram obtidos de regiões representativas do Estado do Mato Grosso e enviadas ao laboratório de Interação Inseto-Planta da Universidade Federal de Viçosa (UFV). Na UFV foram conduzidos bioensaios aplicando as proteínas superficialmente na dieta artificial em bandejas plásticas de 128 células. Em cada célula foi colocado uma larva neonata (< 24 horas), e após sete dias avaliou-se a mortalidade e o peso do grupo de larvas sobreviventes. A mortalidade observada foi transformada para mortalidade corrigida baseando-se no tratamento controle e procedimento semelhante foi realizado para cálculo da porcentagem de inibição de crescimento. Esses dados foram submetidos à análise de próbite para determinação das concentrações letais e efetivas e seus intervalos de confiança. Os resultados mostraram que a ordem de toxicidade das proteínas foi Cry2Aa > Cry1Ac > Cry1F para as duas espécies de lagarta. Os valores de CL50 das toxinas em ng/cm2 variaram de 12,3 a 127,6 para H. virescens, e de 21,4 a 117,1 para C. includens. A suscetibilidade de H. virescens e C. includens a toxina Cry1Ac foi semelhante, o que era inesperado, e sugere a necessidade de atenção para monitoramento de resistência a Cry1Ac, toxina expressa em cultivares transgênicos de algodão (Bollgard I®, Bollgard II® e WideStrike®) e soja (Intacta®) disponíveis no Brasil e que exerce alta pressão de seleção, resultando em um alto risco de resistência em lagartas-praga que atacam essas culturas.
Palavras-chave Bacillus thurigiensis, Monitoramento, Resistência
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,64 segundos.