Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2722

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Edvaldo Barros
Orientador CLAUDIO LISIAS MAFRA DE SIQUEIRA
Outros membros Charles Augusto Santos Morais, Cynthia Mantovani, HUMBERTO JOSUE DE OLIVEIRA RAMOS, Lizandra Cristina de Oliveira Figueiredo
Título Perfil proteômico do intestino de fêmeas de Amblyomma cajennense não infectadas e não alimentadas
Resumo Introdução: Os carrapatos da espécie Amblyomma cajennense são ácaros, hematófagos obrigatórios, amplamente distribuídos no Continente Americano. No Brasil, o A. cajennense ocupa uma ampla faixa de seu território, com maior concentração nas regiões Sul e Sudeste. Esse carrapato apresenta ampla versatilidade parasitária e é incriminado como o principal vetor da Rickettsia rickettsii, uma α-proteo-bactéria causadora da febre maculosa brasileira (FMB). A FMB é uma doença de elevada letalidade, quando não tratada adequadamente. O intestino é o órgão pioneiro no contato com sangue possivelmente contaminado, viabilizando a infecção do carrapato. Dessa forma, foi proposto o estudo desse órgão por meio de uma abordagem proteômica, caracterizando as proteínas mais abundantes no mesmo, buscando assim, entender melhor a interface entre o carrapato A. cajennense e organismos patogênicos do gênero Rickettsia. Objetivos: Obtenção de mapas bidimensionais, que retratam o padrão de distribuição das proteínas presentes no intestino de fêmeas de A. cajennense, não infectadas e não alimentadas, além da caracterização dessas proteínas por meio da espectrometria de massas. Materiais e métodos: As fêmeas adultas de A. cajennense, livres de patógenos, foram obtidas de colônias mantidas no Laboratório de Ixodologia da UFU. A dissecação do intestino de 20 dessas fêmeas foi realizada no Laboratório de Epidemiologia Molecular – DBB, por meio de um microscópio estereoscópio. Esses intestinos foram agrupados e armazenados em 100µL de solução de uréia 7M, tiouréia 2M, CHAPS 4% e DTT 40mM, os quais foram sonicados e centrifugados. O sobrenadante foi coletado para compor o extrato de proteínas totais do intestino (EI), o qual foi quantificado por Bradford. Para a realização da focalização isoelétrica, tiras de 7cm de comprimento com uma faixa de pH de 3 a 10 foram carregas com 150µg de proteínas totais do EI, em seguida, procedeu-se a eletroforese por SDS-PAGE em gel de 12,5%. Posteriormente, os géis foram corados com azul de Coomassie brilhante, digitalizados e analisados. Os espotes foram excisados e digeridos com tripsina. Os peptídeos trípticos foram submetidos à análise por MALDI TOF/TOF e os dados de MS1 e MS2 foram confrontados com os banco de dados NCBInr e SwissProt pelo algoritmo MASCOT. Os resultados de identificação do MASCOT foram validados pelo software Scaffold. Resultados: Foram detectados 130 spots no gel referente às proteínas mais abundantes, presentes no intestino das fêmeas de A. cajennense. Inicialmente, alguns desses spots foram excisados, dos quais, duas proteínas foram caracterizadas como precursora da soralbumina e subunidade alfa da hemoglobina (números de identificação: gi|126723746 e gi|126722759, respectivamente), ambas pertencentes ao hospedeiro do carrapato. Conclusão: É necessária a identificação das proteínas dos demais spots, visando a caracterização da abundância relativa e de sua importância biológica nas interações realizadas pelo carrapato.
Palavras-chave Amblyomma cajennense, proteômica, MALDI TOF/TOF
Forma de apresentação..... Painel
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