Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2713

ISSN 2237-9045
Instituição Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, Outros
Primeiro autor Pedro Henrique Silva Ferreira
Orientador Waldênia de Melo Moura
Outros membros Cássio Francisco Moreira de Carvalho, Débora Ribeiro Gonçalves, Paulo César de Lima, Rebeca Lourenço de Oliveira
Título Avaliação de cafeeiros de conilon em propriedade de agricultor familiar no município de Leopoldina, MG.
Resumo A espécie Coffea canephora, representa cerca de 30% do café comercializado no mundo. O conilon é a principal cultivar e o Brasil é o segundo maior produtor desse café. Minas Gerais não tem tradição no cultivo de conilon, porém possui regiões com condições edafoclimáticas propícias ao cultivo do mesmo, como as regiões baixas e quentes da Zona da Mata mineira. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo, avaliar e selecionar cafeeiros de conilon para compor futuros ensaios de competição visando à obtenção de variedades clonais. Essa pesquisa foi realizada em lavoura de café formada com mudas obtidas de sementes na propriedade do agricultor familiar Lúcio Heleno, no município de Leopoldina, MG. Foram avaliadas 15 cafeeiros considerando as seguintes características: vigor vegetativo, com notas de 1 a 10; altura da planta, medida em cm; arquitetura da planta, atribuindo notas de 1 a 3; ciclo até a primeira produção/ maturação dos frutos; severidade de ferrugem (Hemileia vastatrix), com notas de 1 a 5; severidade de cercosporiose (Cercospora coffeicola), com notas de 1 a 5; intensidade do ataque de bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), com notas de 1 a 5; intensidade de seca de ponteiro - com notas de 1 a 4 e produção, medida em litros. Os dados foram tabulados e realizado análises descritivas. Os cafeeiros LH1, LH3, LH5, LH9 e LH10 foram os de maior vigor vegetativo, enquanto que os cafeeiros LH6, LH12, LH13 e LH14 foram os menos vigorosos. Quanto à altura das plantas e o diâmetro da copa foram observado que 47% dos cafeeiros apresentaram valores acima da média geral. As plantas LH1, LH4, LH11, LH13, LH14 e LH15 apresentaram maiores números de ramificações plagiotrópicas, característica desejável, desde que esteja associado com produtividade. Os cafeeiros apresentaram arquitetura ereta e semi-ereta, que facilitam o manejo da lavoura, como a colheita, adubações, etc. Observaram-se cinco classes quanto ao ciclo de maturação dos cafeeiros e a uniformidade de maturação dos frutos, destacando-se os LH1, LH9 e LH14 por apresentarem maturação precoce e uniforme. A associação dessas características contribui para o escalonamento da colheita. A severidade de ferrugem variou de ausência da doença até folhas com alta infecção, ocorrendo desfolhas, sendo que a maioria das plantas apresentou pouco sintoma. Em geral os cafeeiros não apresentaram sintomas de cercosporiose. Para o ataque de bicho mineiro, foram observados desde a ausência até grande quantidade de lesões coalescidas. O mesmo foi observado para a intensidade de seca de ponteiro. Constaram-se que 40% dos cafeeiros apresentaram produção acima da média (9,6 litros/planta). Dessa forma conclui-se que há variabilidade entre os cafeeiros de conilon para as características avaliadas. Os cafeeiros LH5, LH8, LH10, LH13, LH14 e LH15 apresentam potencial para serem avaliados em ensaios de competição para a obtenção de futuras variedades clonais. Agradecimentos ao CBP&D-Café e a FAPEMIG pelo apoio financeiro.
Palavras-chave Coffea canephora, características morfo-agronômicas, variabilidade genética
Forma de apresentação..... Painel
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