Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2703

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Ecologia e biogeografia
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Ênio Henrique Viana Araujo
Orientador CARLOS FRANKL SPERBER
Outros membros Cassiano Sousa Rosa, Fabiene Maria de Jesus, Marcelo Ribeiro Pereira, Marcelo Zacharias Moreira
Título Efeitos do congelamento e das técnicas de preservação de grilos (Insecta, Orthoptera, Grylloidea) para análise de isótopos estáveis de Carbono e Nitrogênio
Resumo O uso de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio tornou-se uma importante ferramenta na indicação dos hábitos alimentares de heterótrofos, e tem sido muito usado em estudos para determinação de nicho ecológico. A composição isotópica do corpo do animal é um reflexo do que ele come e como é assimilado durante sua vida. O processamento das amostras para as análises isotópicas deve ser feito logo após a coleta dos indivíduos para evitar a deterioração dos mesmos. Porém, muitas vezes, as coletas de grilos ocorrem em regiões remotas, exigindo técnicas de preservação. Nosso objetivo foi avaliar os efeitos do congelamento e de técnicas alternativas de preservação de amostras de grilos para análises de isótopos de 13C, 15N. O experimento foi realizado com duas espécies: Phoremia sp. e Mellopsis doucasae (Orthoptera, Grylloidea), abundantes em serapilheira florestal. Os valores de 13C, 15N e a razão C/N foram avaliados em 70 amostras de grilos para cada espécie, comparando 7 tratamentos: i) amostras frescas (controle), processadas no mesmo dia da coleta, ii) armazenadas em freezer a -20o C por 15 dias e iii) por 60 dias; iv) armazenadas em etanol combustível (álcool etílico hidratado) por 15 dias e v) por 60 dias; (vi) armazenadas em álcool comercial (álcool etílico hidratado 92,8%) por 15 dias e vii) por 60 dias. Esperávamos que métodos adequados de preservação gerassem resultados isotópicos semelhantes ao de amostras frescas. As análises foram realizadas de forma independente para cada variável resposta (13C, 15N e C/N), ajustando Modelos Lineares Generalizados (GLM) com erros normais, confirmados por análise de resíduos. Utilizamos análises de contraste para detectar diferença entre níveis (tratamentos). Os métodos de preservação alteraram os resultados das três variáveis respostas, de forma diferente para cada caso. Para ambas as espécies, as técnicas de preservação em etanol (comercial ou combustível) alteraram os valores de isótopos e a razão C/N nos diferentes tempos, quando comparados com aos valores isotópicos do controle. Para Phoremia sp. o congelamento não alterou o valor isotópico de 15N das amostras, mas modificou o valor de 13C e da razão C/N quando comparados ao controle. Para M. doucasae, o congelamento e as técnicas de preservação alteraram os sinais isotópicos de 15 N e da razão C/N. O congelamento não alterou o valor de 13C para M. doucasae, quando comparado ao controle, mas o tempo de preservação congelado alterou o valor de 13C para Phoremia sp. Os resultados indicam que tanto o congelamento quanto as outras técnicas de preservação não foram adequados para preservar os sinais isotópicos de 13C, 15N e a razão C/N. Concluímos que todas as técnicas de preservação aqui testadas alteram pelo menos um dos valores de isótopos, em comparação ao controle. Assim recomendamos que as análises de isótopos de grilos sejam realizadas apenas em material fresco.
Palavras-chave Metodologia, Ecologia trófica, Padronização
Forma de apresentação..... Oral
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