Resumo |
O Brasil é um dos poucos países da América Latina que adotou oficialmente uma estratégia nacional para a Biodiversidade. No entanto há a necessidade de criar instrumentos mais práticos contendo: metas, objetivos, diretrizes e indicadores viáveis. Diante deste cenário, o Governo de Minas Gerais propôs a elaboração do Plano Estadual de Proteção à Biodiversidade, que é um dos subprojetos que compõe o projeto estratégico “Conservação da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga” sob a coordenação do Instituto Estadual de Florestas. O objetivo é tornar o Plano um instrumento de gestão pública para a proteção da Biodiversidade no Estado de Minas Gerais, o qual está alinhados as diretrizes do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado 2011-2030. Para a sua elaboração adotou-se uma metodologia participativa, realizando nove oficinas no território mineiro, tendo como unidade de planejamento as bacias hidrográficas, mais especificamente as Unidades de Planejamento de Gestão de Recursos Hídricos. Os participantes das oficinas foram divididos em 5 grupos de trabalho: Investigação Científica e Indução de Linhas de Pesquisa; Conservação da Biodiversidade; Agrobiodiversidade; Sociobiodiversidade e Temas Transversais. Aqui foi analisado o resultado obtido nas discussões acerca do tema “Investigação Científica e Indução de Linhas de Pesquisa”, que ocorrera na VII Oficina do Plano nos dias 19 e 20 de junho de 2013 em Governador Valadares, envolvendo toda a bacia do Rio Doce. O Grupo de trabalho debateu sobres os aspectos relacionados ao conhecimento da biodiversidade, entre eles se destacam: a riqueza e diversidade de espécies; o status de conservação das espécies e as áreas prioritárias para a conservação. Enfocando na discussão sobre as linhas de pesquisa necessárias sem discutir, no entanto, os problemas relacionados à escassez de recursos direcionados à pesquisa. Foram apontados 6 problemas para o tema em questão: 1.Falta de pesquisa e conhecimentos básicos; 2.Dificuldade de acesso à profissionais e informações especializadas para apoio aos órgãos; 3.Pouca interação entre a pesquisas científicas e comunidades; 4.Falta de infraestrutura e logística para pesquisa em áreas prioritárias para investigação científica; 5.Falta de um banco de dados unificado com as pesquisas realizadas e as prioritárias para a região e 6.Falta de fomento à pesquisa científica. O grupo apontou ainda diretrizes e programas, bem como os atores que devem ser envolvidos e as áreas prioritárias para iniciar as ações do plano na bacia, em busca de minimizar ou solucionar os problemas apontados. Buscando aumentar o conhecimento e, promover a conservação e o uso sustentável da biodiversidade. Em toda a discussão o que se buscava é o envolvimento dos diversos setores da sociedade civil para identificação de demandas de pesquisas locais, associando, com isso, os conhecimentos populares e científicos. Em suma será a participação da sociedade brasileira que dará legitimidade ao plano. |