Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2665

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Thiago de Almeida Paula
Orientador MARIA CATARINA MEGUMI KASUYA
Outros membros Daniele Ruela de Carvalho, Laélia Soares de Assunção, Marliane de Cássia Soares da Silva
Título Cogumelos comestíveis em resíduos agroindustriais com adição de selênio: Produção e alterações morfológicas
Resumo O selênio (Se) é considerado um micronutriente essencial e sua deficiência em nossa alimentação pode levar à incidência de algumas doenças. Dessa forma, o enriquecimento de cogumelos com Se demonstra ser uma forma de grande importância para a obtenção de alimentos saudáveis e mais acessíveis à população. Estudos recentes mostram que o cogumelo Pleurotus ostreatus é uma espécie comestível e capaz de ser produzido em diversos resíduos como a folha de bananeira, de arroz, de soja, de trigo, de milho, de feijão, e de café. Assim, o presente trabalho teve como objetivo a produção de cogumelos comestíveis enriquecidos com Se em resíduos agroindustriais, bem como o estudo das alterações morfológicas causadas por este elemento. Para a realização do trabalho foi utilizado o isolado PLO 02 de P. ostreatus pertencente à coleção de fungos do Laboratório de Associações Micorrízicas, do DMB/UFV. A semente ou spawn foi produzido em grãos de sorgo cozido e autoclavado a 121 °C por 2 h. Foram utilizados os resíduos de casca de café, folha de bananeira, bagaço de cana e resíduo de sisal como substrato para produção dos cogumelos. A casca de café foi fervida, centrifugada (1800 rpm por 5 min) e autoclavada duas vezes por 2 h, com intervalo de 24 h. Os resíduos de sisal, bagaço de cana-de-açúcar e a palha de bananeira foram acondicionados em sacos de nylon e mergulhadas em solução contendo cal hidratada a 2% durante por 15 h e, posteriormente, centrifugados por 5 min a 1800 rpm, permanecendo com um teor de umidade de 80%. Posteriormente, cada um desses substratos foram acondicionados em sacos de polipropileno acrescidos de 5 mL de uma solução contendo selenito de sódio (25 mg Kg-1 de Se), para o tratamento controle ocorreu a adição de 5 mL de água destilada autoclavada. Os substratos foram inoculados com 100 g de inóculo de P. ostreatus crescidos em grãos de sorgo e incubados a temperatura ambiente até o desenvolvimento do micélio por todo o substrato. Após 20-30 dias de incubação, quando apareceram os primeiros primórdios, os pacotes foram transferidos para sala de frutificação (temperatura média de 20 ºC e umidade do ar de 90%, sendo acolheita realizada quando os cogumelos apresentavam o máximo de desenvolvimento. Foi avaliada a massa fresca dos cogumelos produzidos nos diferentes substratos e massa seca dos substratos, sendo esses valores utilizados para o cálculo da Eficiência Biológica (EB), calculada pela fórmula: EB (%) = 100 x (massa fresca do cogumelo/massa seca do substrato). Verificou-se que o substrato folha de bananeira enriquecido com Se produziu cogumelos com a maior eficiência biológica, seguido do substrato bagaço de cana, casca de café e sisal enriquecidos com Se. Também foi observado que cogumelos produzidos nos resíduos com adição de Se na concentração testada não sofreram alterações morfológicas.
Palavras-chave Cogumelos, Biodisponibilidade, Pleurotus ostreatus
Forma de apresentação..... Oral
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