Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2658

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Saneamento e resíduos
Setor Departamento de Engenharia Florestal
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FUNARBE
Primeiro autor Marlon Jansey Fernandes Jahel
Orientador CLAUDIO MUDADU SILVA
Outros membros Fernanda Cruz Parrela
Título Nitrificação Biológica em Água de Produção de Petróleo com Elevada Salinidade
Resumo Na extração de petróleo são gerados efluentes, dentre eles, a água de processo que possui elevado volume, composição química complexa apresentando alta concentração de sais e contaminantes. A água de processo, também denominada de água de produção, emerge juntamente com o petróleo e o gás durante sua extração. As águas de formação do Pré-sal possuem altas concentrações de cloreto, de tal modo que o teor de salinidade pode chegar a 200 g.L-1. A amônia, presente em altas concentrações na água de processo, constitui um dos principais poluentes deste efluente e sua remoção pode ser realizada preferencialmente por processo biológico, onde são utilizados microrganismos que transformam a amônia em nitrito e nitrato, processo denominado nitrificação. Processos biológicos, no entanto, podem sofrer interferências devido à presença excessiva de sais e à toxicidade associada à presença de algumas substâncias e compostos.O presente trabalho teve como objetivo verificar a viabilidade da nitrificação em diversos níveis de salinidade. Também objetivou verificar se existem outros mecanismos, além da nitrificação biológica, na conversão da amônia. O trabalho foi realizado em escala de bancada e os experimentos foram divididos em duas etapas. Na Etapa 1 foram utilizados três reatores, sendo dois com adição gradual de sal e um como controle. Em tais reatores foram utilizados efluente e biomassa provenientes de uma empresa de energia, e adotado fator de diluição de 1:2 (efluente: água). Na Etapa 2 foi utilizado um reator,sem biomassa,somente com aeração e o mesmo efluente da Etapa 1, porém sem diluição. Foram realizadas análises de nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato.Os resultados mostraram que na Etapa 1 houve praticamente uma completa remoção do nitrogênio amoniacal até a salinidade de 100 g.L-1. No entanto, as concentrações de nitrogênio amoniacal, nitrito e nitrato observados no reator sem biomassa, Etapa 2,não se alteraram. Assim,pode-se concluir que o efluente diluído foi capaz de manter a atividade microbiológica nitrificante. Além disso,os microrganismos nitrificantes foram capazes de se adaptarem a ambientes onde a concentração salina foi gradualmente aumentada. A partir de 100 g.L-1 houveram efeitos inibidores sobre o metabolismo dos microrganismos que realizam a nitrificação. Mantendo-se o pH abaixo de 8 nos reatores não se observou qualquer efeito na remoção da amônia,sendo a nitrificação o principal processo atuante nos reatores com biomassa.
Palavras-chave Nitrificação, Água de Produção, Salinidade
Forma de apresentação..... Oral
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