Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2645

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa FUNARBIC/FUNARBE
Conclusão de bolsa Sim
Primeiro autor Lucas Alves da Silveira Santos
Orientador LUKIYA SILVA CAMPOS FAVARATO
Outros membros Cleonice Vital dos Santos, Vanessa Guedes Pereira
Título Metadona isolada ou associada à ropivacaína por via epidural: avaliação do efeito analgésico em cães submetidos à cirurgia ortopédica no fêmur
Resumo Os procedimentos cirúrgicos resultam em traumas teciduais que variam de intensidade conforme o tipo de intervenção, mas invariavelmente, resultam em algum grau de dor e desconforto ao animal no período pós-cirúrgico. A dor, quando não corretamente diagnosticada e tratada, deixa de ser um mecanismo de defesa natural do organismo, tornando-se patológica ao desencadear distúrbios sistêmicos nocivos. Os analgésicos opioides são utilizados no controle da dor pós-operatória, tanto por via sistêmica quanto por via epidural. A metadona é um opioide sintético e assim como a morfina, é agonista de receptores opioides e paralelamente, também atua como antagonista dos receptores N-metil D-aspartato (NMDA), bloqueando a recaptação de serotonina e noradrenalina, contribuindo para a prevenção e tratamento da dor. A ropivacaína é um anestésico local de longa duração, análogo da bupivacaína, que promove menor tempo de bloqueio motor, menor toxicidade cardíaca e prolongado tempo de bloqueio sensitivo, sendo uma boa alternativa na cirurgia em membros. A associação de anestésicos locais e opioides tem sido utilizada para anestesia epidural em cirurgias de membros pélvicos, porém são escassos os estudos que avaliaram o benefício da associação na analgesia pós-operatória em cães. O objetivo do estudo é comparar os efeitos analgésicos da metadona administrada pela via epidural isolada e associada à ropivacaína em cães anestesiados com propofol e isofluorano, submetidos à cirurgia ortopédica no fêmur. Foram utilizados 16 cães distribuídos aleatoriamente em 2 grupos de 8 animais. No grupo GM: os animais receberam 0,3 mg.kg-1 de metadona acrescido de solução fisiológica para atingir o volume de 0,25 ml.kg-1. No grupo GMR: metadona na dose de 0,3 mg.kg-1 associado à 1,65 mg.kg-1 de ropivacaína 0,75%, perfazendo o volume de 0,25 ml.kg-1. No período transoperatório foram avaliadas: pressão parcial de dióxido de carbono ao final da expiração, concentração expirada de isofluorano (Etiso), frequência respiratória, frequência cardíaca, saturação de oxihemoglobina, variáveis eletrocardiográficas, pressão arterial sistólica, temperatura corporal, tempos de extubação e do procedimento cirúrgico. No período pós-operatório, foi realizada a avaliação da dor utilizando-se duas escalas: “Escala de dor de Glasgow modificada” e “Escala de dor da Universidade de Melbourne”, bem como a avaliação do grau de sedação dos animais por até 24 horas após o término do procedimento cirúrgico. A anestesia epidural com metadona ou metadona associada à ropivacaína promove efeitos cardiovasculares pouco relevantes, mantendo estes parâmetros dentro dos limites fisiológicos para a espécie. A associação da ropivacaína à metadona por via epidural produz melhor efeito antinociceptivo, promove redução significativa da Etiso nos momentos de maior estimulação cirúrgica, maior efeito analgésico sem produzir maior sedação, e redução da necessidade de analgesia suplementar no pós-operatório.
Palavras-chave Avaliação da dor, anestesia regional, cães.
Forma de apresentação..... Painel
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