Resumo |
O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID Pedagogia da UFV tem suas atividades desenvolvidas em parceria com escolas públicas do município de Viçosa e, uma das subáreas está voltada para a Educação Especial na perspectiva inclusiva. Neste campo educacional uma das atuações possíveis refere-se ao atendimento a alunos que apresentam o Transtorno Desafiador de Oposição (TDO), caracterizado por um padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo, desafiador e contrário a regras de convivência social, hostilidade com adultos ou figuras de autoridade. O objetivo geral deste trabalho foi desenvolver estratégias para a realização das atividades acadêmicas de alunos com esta condição diferenciada de aprendizagem. Os alunos estão em escolas distintas, tendo um 4 anos de idade, menina, e frequenta a educação infantil; o outro, menino, cursa a 3ª série do ensino fundamental com 8 anos de idade. Eles frequentam a sala de recursos multifuncional no contra turno escolar. O trabalho desenvolvido pelas bolsistas, por um semestre, consistiu em uma observação participante durante as atividades acadêmicas com os alunos inseridos na turma comum, de forma a notar indícios do comportamento pró e antissocial, para eleger estratégias de envolvimento dos alunos nas ações educacionais. Os registros das observações foram descritivos na forma de relatório e feitos pós-evento. A ação ocorreu duas vezes por semana em jornada letiva integral. O aluno da 3ª série do ensino fundamental apresentou mais dificuldades na leitura, ortografia, interpretação e produção de textos, uma vez que se faz necessário a explicação das atividades para que o mesmo possa resolvê-las. Já a aluna do 1º período de educação infantil apresentava grande necessidade de chamar a atenção em atividades realizadas em grupo tendo comportamentos agressivos, além de facilmente se dispersar durante as atividades realizadas, o que a impedia de concluir e interagir de forma social. Para o aluno do 3º ano foi utilizada a leitura das atividades para que ele iniciasse a resolução, sendo esta ação adotada também em suas avaliações, o que permitiu um maior envolvimento com as atividades e diminuiu o índice de respostas hostis. Quanto a aluna da educação infantil fez-se a retirada de objetos que não estavam relacionados com a atividade para evitar a dispersão. Nas ações de hostilidade com o grupo houve a intervenção da professora e bolsista para mediar as situações de conflito, reconfigurando a situação e sugerindo à criança uma forma de exercer sua intenção de forma socialmente aceita. Conclui-se que a aprendizagem tanto escolar como social da criança com o TDO podem ser desenvolvidas com algumas estratégias como uma segunda chance ou outra forma de fazer a atividade, incluí-las no processo de tomada de decisões, para que possam respeitar as regras e elogios sempre que comportamentos pro sociais se manifestem. |