Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2639

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação e meio ambiente
Setor Departamento de Educação
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Philippe Drumond Vilas Boas Tavares
Orientador CEZAR LUIZ DE MARI
Título Políticas e Educação Ambiental: o caso do MST da Zona da Mata
Resumo A presente pesquisa foi desenvolvida com apoio de bolsa PROBIC/FAPEMIG 2013-2014 e está integrada a um conjunto de estudos realizados pelo Grupo de Pesquisa Educação, conhecimento e processos educativos – GPECOPE/UFV e do Grupo de estudos GECCE/UFV. O foco de investigação buscou analisar as práticas educativas e a produção de conhecimentos no MST a partir da relação das formas produtivas com os processos educativos gerados a partir do seu projeto e práticas políticas. Partimos do pressuposto que os debates em torno da temática da Educação Ambiental (EA) ganham espaço em um contexto marcado pela degradação do meio ambiente e dos seus ecossistemas. Mais do que uma normatização legal a EA constitui-se como prática cotidiana nos movimentos sociais. Através da análise documental e bibliográfica buscamos comparar os princípios da EA produzidos na Zona da Mata, especificamente dentro do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) com as orientações da convenção internacional de Tsibilise (1977). Levantamos documentos e bibliografias referentes ao MST, como dissertações e teses do Banco da CAPES, sobre a temática da educação ambiental e práticas educativas, e analisamos os últimos dez anos de produções no GT 03 (Educação e Movimentos Sociais) de Educação da ANPED. Observamos que a o MST atua tendo como princípios os ideais da EA. Elencamos os principais pontos desta atuação formativa a seguir: 1) o MST propõe a agroecologia como forma de produção sustentável, baseando-se nos fundamentos da EA difundidos pela Conferência de Tsibilise; 2) Nas escolas dos assentados o MST introduziu os princípios da EA no currículo, a partir de 1979, mantendo-os no processo educativo escolar e vivencial até hoje. As experiências cotidianas vivenciadas pelos sem-terrinhas são discutidas em sala de aula, fazendo-se a ligação entre os aspectos teóricos e e práticos da EA; 3) Como forma de combater o uso de agrotóxicos, um dos atuais focos de atuação do MST, o movimento adota uma postura sustentável por meio da Economia Solidária, uma forma produção alimentar mais eficiente e não agressiva ao meio ambiente; 4) Os processos de conhecimentos desenvolvidos e apreendidos nas lutas cotidianas pautam uma estratégia alternativa em relação ao modo de produção hegemônico. A Estratégia une os princípios da EA com as práticas cotidianas e alimenta o projeto político e as ações coletivas do MST. A partir desta pesquisa inicial que tem sua continuidade no ano corrente com apoio financeiro do CNPq e da FAPEMIG, compreendemos que os conhecimentos teórico-práticos sobre a EA assumem um papel integrador, com objetivo de fortalecer valores coletivos e solidários, a partir de práticas educativas contextualizadoras e problematizadoras. A vida e a ação coletiva se constituem laboratórios pedagógicos produtores de conhecimentos e práticas educativas em torno da problemática ambiental.
Palavras-chave Educação, Conhecimento, Meio ambiente.
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,64 segundos.