Resumo |
Sabe-se que as algas marinhas apresentam valor nutricional satisfatório, sendo fontes de proteínas, carboidratos, fibras e minerais. Sendo a fibra solúvel uma grande vantagem em utilizar a alga como alimento. Esse tipo de fibra tem a propriedade de se misturar com água, formando uma espécie de gel no nosso estômago. Elas atrasam o esvaziamento gástrico, reduzem a absorção de glicose e gorduras e ajudam a regular os níveis de colesterol e açúcar no sangue ajudando no controle e na prevenção de doenças como a diabetes mellitus e problemas cardíacos. Diante da importância da fibra no organismo, esse estudo tem como objetivo avaliar a influência da fibra solúvel presente em algas marinhas na qualidade proteica da dieta humana. As proteínas são elementos essenciais capazes de promover construção e manutenção dos componentes estruturais corporais. Avaliou-se também a composição centesimal da alga Gracilaria birdiae em pó, monitorou-se o peso e o consumo alimentar dos animais, determinou-se o teor de Nitrogênio fecal e analisaram-se os índices de crescimento e desenvolvimento dos animais experimentais. A avaliação da qualidade proteica das dietas experimentais foi feita por meio de ensaio biológico com 32 ratos machos da linhagem Wistar, divididos em quatro grupos, sendo dois grupos controle (dieta à base de caseína e dieta livre de nitrogênio) e dois grupos teste (dieta de alga em pó 50% fibra e dieta de alga em pó 100% fibra). Cada grupo, composto por 8 animais recebeu um tipo de dieta específica por 28 dias. O peso corporal e o consumo alimentar dos animais foram registrados semanalmente. Além disso, pode-se comparar os valores do peso final e ganho de peso entre os grupos e percebeu-se que estatisticamente não houve grandes diferenças e conclui-se que a dieta é equilibrada, ou seja, isocalórica e isoproteica. Ao comparar o consumo de proteínas de real aproveitamento na dieta e o ganho de peso entre os grupos, não houve diferenças significativas, ou seja, apesar de ser fonte de fibra solúvel, a dieta à base de algas não interfere na qualidade proteica da dieta. No caso das excreções fecais, a fibra tem grande influência. Nos grupos teste, fontes de fibra solúvel da alga, houve grande absorção de água nas fezes em relação à dieta de caseína, dieta não fonte de fibra alimentar. Portanto, quanto maior o consumo de fibras solúveis, maior a absorção de água nas fezes, fator benéfico para o organismo humano, pois podem reduzir a ocorrência de diversas doenças crônicas como diabetes, obesidade, doenças cardíacas, cânceres, entre outras. Quanto ao nitrogênio fecal, ele é mais excretado quanto maior for a excreção fecal, o que é um ponto negativo, pois reduz a utilização do nitrogênio em ações funcionais do organismo. Porém o consumo de algas marinhas se destaca pelos seus benefícios, além de se enquadrar na busca atual por alimentos com baixo teor de lipídeos e elevado conteúdo de fibras e proteínas. |