Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2550

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Biologia e manejo de doenças e pragas de plantas
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG, FUNARBE
Primeiro autor Juliana Lívia Vieira
Orientador RAUL NARCISO CARVALHO GUEDES
Outros membros Alberto Soares Corrêa, Lucas Soares Braga, LUIZ ORLANDO DE OLIVEIRA
Título Sobrevivência à fosfina e metabolismo respiratório em populações de caruncho do milho (Sitophilus zeamais)
Resumo Fosfina é atualmente o fumigante mais empregado no controle de pragas em unidades armazenadoras, apesar dos problemas de resistência a este composto entre os insetos de produtos armazenados como caruncho do milho, Sitophilus zeamais (Coleoptera: Curculionidae), principal praga de cereais no Brasil. O mecanismo de toxicidade e de resistência a fosfina ainda são poucos esclarecidos, no entanto a mitocôndria é amplamente reconhecida como seu principal sítio de ação. Assim, objetivou-se testar em 16 populações de S. zeamais multiplicadas e mantidas em câmaras climáticas tipo B.O.D (27 ± 2 ºC, UR= 70 ± 10% e fotoperíodo de 12h), 1) a possível correlação negativa entre sobrevivência a fosfina e taxa respiratória, 2) investigar a ação da fosfina na degradação das mitocôndrias e 3) correlacionar a sobrevivência a fosfina com as diferentes linhagens mitocondriais. Para avaliação da sobrevivência, insetos com idade de 1 a 15 dias foram acondicionados em dessecadores com quatro repetições de 25 insetos de cada população, expostos a fosfina (0,04 mg/L) por 20h e alocados em milho isento de inseticida por mais 14 dias. O ensaio de respirometria foi realizado utilizando um respirômetro do tipo TR3C equipado com um analisador de CO2 e metodologia adaptada, a partir de quatro grupos de 10 insetos adultos. A microscopia foi realizada em microscópio confocal de escaneamento a laser Zeiss LSM 510 META com objetiva de 63x, a partir das fibras musculares da região do tórax de insetos não sexados, com idade de 1 a 3 dias, de três populações com diferentes níveis de resistência a fosfina, previamente expostos ao fumigante (0.04 mg/L) por períodos de 20 e 72 horas. As linhagens mitocondriais foram estabelecidas através do sequenciamento de fragmentos dos genes citocromo c oxidase subunidade I (COI) e citocromo c oxidase subunidade II (COII). Os dados de sobrevivência a fosfina foram corrigidos, submetidos análise de variância (ANOVA), ao teste de agrupamento de Scott-Knott (p < 0,05) e à análise de regressão linear e correlação de Pearson com a taxa respiratória e massa corpórea (p < 0,05). Os dados de sequenciamento foram alinhados e editados para posterior estimativa do número de haplótipos (H), diversidade de haplótipos (Hd) e confecção da rede de haplótipos. Os resultados para sobrevivência a fosfina apresentaram diferença significativa entre as populações estudadas (F(15; 48) = 7,73; p < 0,001), que foi negativamente correlacionada com a taxa respiratória e a massa corpórea. A exposição dos insetos a fosfina não provocou lise mitocondrial completa, no entanto a população mais resistente à fosfina exibiu maior densidade mitocondrial. Não foi detectada associação entre as linhagens mitocondriais e a susceptibilidade fosfina, o que indica evolução independente entre estes dois fatores, e impossibilidade da utilização dos genes mitocondriais COI e COII como marcadores moleculares de sobrevivência ao fumigante.
Palavras-chave Genótipos mitocondriais, resistência à fosfina, marcadores mitocondriais.
Forma de apresentação..... Painel
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