Resumo |
Este projeto foi voltado à construção de uma máquina separadora de café, que tem como objetivo separar frutos verdes de maduros por meio de processos mecânicos, sem a utilização de água, uma vez que os processos mais usados em larga escala deixam uma água residual com excesso de potássio que degrada o meio ambiente. A máquina utiliza dois cilindros, um envolto com espuma, que pressiona os frutos sobre o segundo que é coberto de hastes pontiagudas. A ideia é fazer com que os frutos verdes, que são mais resistentes à penetração, ao serem pressionados pela espuma, não sejam perfurados pelas hastes, passando direto pela máquina e caindo em um recipiente específico. Já os frutos maduros, que serão perfurados, percorrerão até o final do processo sendo raspados das pontas e colocados em seu recipiente próprio quando a separação acabar. O presente projeto visa à melhora das condições econômicas e socioambientais quanto à separação do café. Historicamente, o café sempre representou grande parte da economia brasileira. Hoje, com o incentivo a outras culturas seu espaço diminuiu, mas ainda assim ele é de fundamental importância para a mesma. Com a diminuição no mercado, e aumento da competição interna, o café não teve alternativa se não a elevação da qualidade, para esse fim surgiu a Brazil Especialty Coffe Association (BSCA). Esta empresa julga não apenas a excelência dos grãos, mas também sua forma de produção (impactos ambientais). Quando os frutos de café saem da planta são comumente separados por densidade através da utilização de água, processo que cria resíduos poluentes ao meio ambiente, em seguida eles podem ser submetidos a dois tipos diferentes de separação: peneiração e descascamento por compressão, ambos usam como princípio a diferença de tamanho entre frutos maduros e verdes, diferença esta que não ocorre de maneira exata, fazendo com que muitos grãos se misturem. Outros métodos de separação mais efetivos são muito caros, pois utilizam ondas eletromagnéticas para reconhecer a cor do fruto, e se tornam inviáveis para o pequeno produtor. A máquina em questão, por usar processos simples e puramente mecânicos, terá um custo menor que as competidoras que existem no mercado, bem como menor taxa de manutenção. Como ela é de simples manuseio e não demanda custo elevado, o projeto atenderá o pequeno produtor, permitindo que ele tenha um método mais efetivo para separar seu café para que assim seu produto possa competir com o de grandes cafeicultores, elevando a qualidade do café nacional. |