Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2494

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Geovane Amaro Teixeira
Orientador PAULA DIAS BEVILACQUA
Outros membros Juliana Ferreira de Oliveira, Raquel Ribeiro Ferreira Ker
Título Padronização do ensaio de plaqueamento em ágar simples para quantificação de bacteriófagos F-específico e somático em amostras de lodo de esgoto
Resumo No tratamento de águas residuárias, os produtos gerados, a exemplo dos lodos de esgotos, devem ter destino ambientalmente adequado e seguro do ponto de vista de riscos à saúde. O uso agrícola dos lodos de esgoto tem sido alternativa interessante haja vista a elevada quantidade de matéria orgânica e nutrientes presentes; entretanto exige-se etapa adicional de higienização, de forma a inativar patógenos, como vírus entéricos, presentes no lodo. A caracterização da qualidade microbiológica do lodo tratado é fundamental para avaliar os potenciais riscos à saúde quando da sua utilização como adubo. A utilização de bacteriófagos como indicadores da presença de vírus entéricos tem sido sugerida, devido às vantagens das técnicas analíticas. O objetivo do trabalho foi padronizar o ensaio de plaqueamento em ágar simples (Método 1602/USEPA) para quantificação de bacteriófagos F-específico MS2 e somático Фx174. O ensaio consiste na inoculação de suspensão contaminada por bacteriófagos na presença de bactérias hospedeiras (E.coli Famp e E.coli CN13), gerando placas de lise que são contadas para quantificação. A técnica original recomenda duas temperaturas de incubação (36°C e 46,5°C); volume de 10mL da bactéria hospedeira e 500μL de solução de MgCl2. De forma a aumentar a média do percentual de recuperação do ensaio, foram testadas modificações no método: (i) modificação 1 (utilização apenas da temperatura 46,5°C; 5mL da bactéria hospedeira e 500μL de MgCl2 e (ii) modificação 2: utilização apenas da temperatura 46,5°C; 5mL da bactéria hospedeira e ausência da solução de MgCl2). Além do Método 1602 e as modificações, foi utilizado o protocolo da CETESB, utilizando apenas a temperatura 46,5°C; 5mL da bactéria hospedeira; 500μL de MgCl2 e 1 mL de antimicrobiano (estreptomicina/ampicilina - bacteriófago F-específico MS2; ácido nalidíxico - bacteriófago somático Фx174). Para o bacteriófago F-específico MS2, os valores médios de recuperação e os desvios padrões foram semelhantes considerando o Método 1602 e as modificações introduzidas (média: 9,37 a 9,68% e DP: 2,60 a 6,95%). Embora sejam descritos como aceitáveis, segundo o Método 1602 (média: 9-130% e DP: > 46%), os valores médios de recuperação foram baixos. Por outro lado, utilizado o protocolo da CETESB, os valores médios de recuperação e DP foram 162,18% e 156%, respectivamente. Para o bacteriófago Фx174, foram encontrados valores médios de recuperação e desvios padrões entre: 6,87-20,31% e 1,02-9,37%, respectivamente. Os valores médios obtidos foram menores do recomendado pelo Método 1602 (86-177%), já os desvios padrões foram aceitáveis (>23%). Com base nos resultados, o ensaio de plaqueamento em ágar simples para bacteriófago F-específico pode ser realizado em amostras de lodo de esgoto autoclavado para análise do efeito de matriz. O bacteriófago somático Фx174 deve ser novamente testado de forma a se aumentar a média de recuperação do método.
Palavras-chave reúso agrícola, vírus entéricos, perigo microbiológico
Forma de apresentação..... Oral
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