Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2464

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Farmacologia e bioquímica
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor João Vítor Lopes Dias
Orientador VANNER BOERE SOUZA
Outros membros Cesar Augusto David Alves Dias, Hiara Cristina Ribeiro Orlando, JURACI ALVES DE OLIVEIRA, Maria Lucília dos Santos
Título Composição química das gomas em diferentes zonas dos angicos vermelhos explorados por saguis
Resumo Os saguis do gênero Callithrix apresentam uma dieta obrigatoriamente gomívora, embora sejam considerados onívoros, se alimentando de frutas, insetos, pequenos vertebrados e néctar. As gomas são exploradas ativamente graças á dentição especializada, com uma mandíbula móvel e caninos incisiviformes, que facilitam a realizar escaras (orifícios) nas cascas das árvores, diariamente e previsivelmente nos mesmos locais. As gomas são alimentos previsíveis e obtidas de orifícios feitos por escarificações em vários momentos do dia em árvores específicas, das quais se destaca a Anadenanthera peregrina var. peregrina. O saguis obtém nutrientes tais como carboidratos, proteínas, sais minerais, destacando-se o cálcio. Dentre os diversos compostos presentes nas partes da árvore, a bufotenina apresenta-se em altas concentrações. Esta tem ação antiinflamatória, mas os estudos dos seus efeitos tem se relacionado principalmente à ação no sistema nervoso em animais e efeitos enteógenos em humanos. A bufotenina é da família das indolaminas, que podem ser encontradas como neurotransmissores e como substancias psicoativas na natureza. Os efeitos psíquicos são proeminentes, que por via oral se caracterizam como parestesia, diminuição dos reflexos, catatonia, hipotensão, bradicardia, taquicardia e morte por insuficiência respiratória. Nos efeitos psíquicos destacam alucinações visuais, auditivas e alterações sensoriais muito diversas. Essas reações são sugestivas de que se a bufotenina é tóxica se for ingerida. Com base nestas informações, foi realizada uma análise química a fim de verificar a presença de bufotenina na goma dos angicos que são explorados pelos saguis. A metodologia se baseou em coletas por meio de espátulas estéreis, de 3 a 5 ml de goma semi-gelificada e goma líquida. As gomas foram armazenadas em criotubos em temperatura de 4 a 8 oC. Depois de trituradas as amostras foram submetidas a agitação com acetato de etila. Depois de filtrada e refiltrada várias vezes elas foram comparadas por cromatografia plana (com vanilina sódica e corante de Dragendorf) com padrão. Não houve evidência da presença de bufotenina. Após a submissão à ressonância magnética nuclear não se evidenciou a presença de anéis indólicos, característica de derivados da triptamina. O presente estudo confirma parcialmente de que as gomas consumidas pelos saguis parecem não ser tóxicas.
Palavras-chave sagui, bufotenina, angico-vermelho
Forma de apresentação..... Painel
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