Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2463

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Agrárias
Área temática Fontes e produção de energia
Setor Departamento de Fitotecnia
Bolsa CNPq
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Maiana Sette de Oliveira
Orientador JOSE ANTONIO SARAIVA GROSSI
Outros membros Gutierres Nelson Silva, Larissa Sousa Campos, Osdnéia Pereira Lopes, Samuel de Melo Goulart
Título Secagem de frutos de macaúba e seu efeito na qualidade do óleo
Resumo Diante da insegurança no abastecimento de combustíveis fósseis no mundo e o risco que estes oferecerem ao meio ambiente, abre-se um gigantesco mercado para o setor de produção de biodiesel. Acrocomia aculeata, vulgarmente conhecida como macaúba, é uma espécie de planta oleaginosa não-comestível promissora para incrementar a sustentabilidade na produção de biodiesel. Entretanto, após a colheita, os frutos de macaúba estão sujeitos a fatores bióticos e abióticos, que podem afetar negativamente a qualidade do óleo. Em decorrência destes problemas, torna-se evidente a necessidade da adoção de estratégias pós-colheita, e uma estratégia eficiente, para este fim, é a secagem dos frutos. Diante do exposto, este estudo teve por objetivo demonstrar a curva de secagem e avaliar o efeito da secagem na qualidade do óleo de frutos de macaúba. Para tanto, os frutos de macaúba foram coletados em uma fazenda localizada em Piranga-M.G. As palmeiras foram previamente identificadas e georreferenciadas. Após a colheita, os frutos foram debulhados, selecionados e homogeneizados para composição das unidades experimentais. As unidades experimentais (15 frutos) foram separadas por tratamentos e acondicionadas em estufa com circulação de ar, a temperatura de 60°C, onde os frutos foram acondicionados em bandejas. A secagem dos frutos foi feito logo após a colheita. Durante o processo de secagem as bandejas com os frutos foram pesadas periodicamente, em balança analítica, com resolução de 0,01g. As pesagens foram conduzidas até que os frutos atingissem o equilíbrio higroscópico com as condições de ar de secagem, ou seja, quando a variação na segunda casa decimal fosse constante. O controle foi acondicionado em temperatura ambiente e também submetido a pesagens periódicas. Foram utilizadas quatro repetições para cada tratamento (secagem e controle) no delineamento inteiramente casualizado. Após a secagem, procedeu-se o processamento dos frutos para avaliação do teor de óleo, índice de acidez e estabilidade oxidativa. Observou-se que não existe uma taxa constante de secagem dos frutos de macaúba; o que ocorreu foi uma taxa decrescente de secagem. O tempo médio para que se atingisse o teor de água de equilíbrio foi de 114 h. Não foi observado diferença significativa entre os valores médios dos tratamentos (secagem e controle) para o teor de óleo (secagem: 53,05%; controle: 51,14%) e índice de acidez (secagem: 0,89%; controle: 1,21%). No entanto, para estabilidade oxidativa, constatou-se que, frutos de macaúba submetidos à secagem apresentaram valor médio significativamente menor em relação ao tratamento controle (secagem: 9,92 h; controle: 17,08 h). Apesar da estabilidade oxidativa dos frutos no tratamento de secagem tenha sido menor, esse valor médio foi superior ao valor mínimo (≥6 h) exigido nas normas da ANP (Agência Nacional de Petróleo). Conclui-se que a secagem pode ser tornar uma alternativa viável para a conservação pós-colheita de frutos de macaúba.
Palavras-chave pós-colheita, fitotecnia, Acrocomia aculeata
Forma de apresentação..... Painel
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