Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2447

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Zoologia
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Lívia Fonseca Nunes
Orientador OG FRANCISCO FONSECA DE SOUZA
Outros membros Diogo Andrade Costa, Paulo Fellipe Cristaldo, Vinícius Barros Rodrigues
Título Inquilinos espionando o sinal de alarme de seus cupins hospedeiros
Resumo Interações simbióticas, na qual duas ou mais espécies vivem em íntima associação, estão presentes na natureza e abrangem espécies de todos os reinos. Esta associação é muito frequentemente observada em ninhos de insetos sociais. Neste caso, uma espécie constrói o ninho (hospedeiro) que é coabitado por outras espécies (inquilinos). Inquilinos em ninhos de insetos sociais são geralmente outras espécies sociais pertencentes ao mesmo grupo do construtor do ninho, o que resulta em características importantes para a dinâmica coevolutiva, envolvendo um complexo de mecanismos adaptativos estabelecendo verdadeiras corridas armamentistas entre as espécies envolvidas. A coexistência de duas ou mais espécies de cupins em um mesmo ninho é frequentemente observada na natureza, no entanto, os mecanimos pelos quais as espécies gerenciam esta coabitação permanecem abertos à investigação. A presença da espécie inquilina pode ser dispendiosa para o hospedeiro quando esta se alimentar do revestimento da parede do ninho e/ou de produtos armazenados ou, no mínimo, por meramente usurpar espaço (afinal, o ninho é inicialmente construído apenas para abrigar a espécie hospedeira). Por outro lado, há a possibilidade de uma associação benéfica entre inquilino e construtor, se ambos se associarem na defesa mútua do ninho. No presente trabalho, investigamos esta última possibilidade, verificando se cupins de diferentes espécies que coabitam um mesmo ninho podem detectar sinais de alarme uns dos outros e com isso associarem-se na defesa do ninho. Através de bioensaios comportamentais em condições de laboratório verificamos que Inquilinitermes microcerus responde tanto a seu próprio sinal de alarme quanto a de seu hospedeiro Constrictotermes cyphergaster. Entretanto, indivíduos de I. microcerus nunca foram observados ajudando na defesa de ninhos que foram experimentalmente danificados no campo. Isso enfraquece a hipótese de que a espécie inquilina contribuiria para a defesa do ninho. É portanto plausível inferir que a espécie inquilina usa a seu favor a capacidade de perceber o sinal de alarme de seu hospedeiro, p.ex., evitando os perigos por ele sinalizados ou mesmo fugindo de partes do ninho por ele ocupados.
Palavras-chave Comunicação interespecífica, inquilinismo, sinais de alarme.
Forma de apresentação..... Oral
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