Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2442

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Ensino
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Educação e formação universitária
Setor Departamento de Geografia
Bolsa PIBID
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Natália Silva Paiva
Orientador ANDRE LUIZ LOPES DE FARIA
Outros membros Junimar José Américo de Oliveira, Maíra Massensini, Maria Helena de Carvalho Rodrigues Silva
Título Geografia e literatura na escola: uma análise da obra O Cortiço de Aluízio de Azevedo
Resumo O Subprojeto do PIBID – Geografia e Inclusão atuante na Escola Estadual Santa Rita de Cássia, no desenvolvimento de suas atividades realizou uma intervenção pedagógica nas turmas do nono ano, ensino fundamental II, analisando e comparando o conteúdo do livro “O Cortiço” de Aluísio de Azevedo (1890) com os conteúdos de Geografia. A Obra tem como cenário o espaço urbano do Rio de Janeiro no fim do século XIX, e busca denunciar as mazelas sociais que o país enfrentava naquela época, além de explicar o comportamento dos personagens com base na influência do meio, da raça e do momento histórico. Desta forma, o objetivo proposto foi o de realizar uma análise geográfica através da literatura, analisando o contexto sócio-político-cultural no qual a narrativa se desenvolve estabelecendo simultaneamente uma contextualização entre as situações vivenciadas pelos personagens e a população do município e de nosso país. A metodologia utilizada para esta análise foi o de aulas expositiva/dialogada sobre o livro. Foi entregue um roteiro de questões voltadas para o entendimento das características dos personagens, do lugar, do tempo e do enredo em que se passava a história. O itinerário da discussão também procurou levar os alunos a compreenderem como era viver em um cortiço e como os moradores se organizavam naquele espaço, sendo este resultado da ação humana e da interação social na superfície terrestre. A partir destas compreensões pretendíamos colaborar para a formação de cidadãos conscientes, críticos e autônomos ao levar os alunos a elaborarem ilustrações e a criarem novos títulos para a obra, buscando-se assim despertar a sensibilidade e a criatividade dos alunos perante a temática abordada. A partir da análise da escrita dos alunos nos trabalhos entregues, percebemos os resultados, os quais se mostraram significativos e valiosos no processo ensino-aprendizagem, pois, os alunos além de compreenderem a obra, puderam entender sobre as relações capitalistas de exploração e expropriação, as implicações geradas em uma cidade devido ao fenômeno das migrações, a influência do meio no cotidiano das pessoas, a vida em um cortiço, as transformações históricas que o país passava na época e que a forma de pensar do indivíduo é característica de seu tempo. Desta forma, o diálogo criado entre a geografia e a literatura possibilita uma alternativa no processo de autoaprendizagem, que se distancia das formas tradicionais de ensino e que torna o processo mais atrativo para os alunos. Durante o processo de produção verificamos que a Literatura Brasileira é rica em obras que podem nos auxiliar na compreensão da produção e da organização do espaço urbano, em diferentes escalas como o cotidiano, a paisagem, o espaço e o tempo.
Palavras-chave geografia, literatura, educação
Forma de apresentação..... Painel
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