Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2423

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Políticas públicas e desenvolvimento social
Setor Departamento de Economia Doméstica
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Nilo Sérgio de Souza
Orientador NEIDE MARIA DE ALMEIDA PINTO
Outros membros ANA LOUISE DE CARVALHO FIUZA, Danieli Barbosa de Andrade
Título As sociabilidades possíveis em conjuntos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) em pequenos municípios: o caso de Viçosa – MG
Resumo No Brasil, milhões de famílias se encontram excluídas do direito a uma moradia digna. Além do processo de industrialização, as causas do déficit habitacional brasileiro estão diretamente relacionadas à especulação imobiliária da terra urbana, à baixa renda familiar de grande parte da população e a políticas habitacionais ineficientes. O Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV), foi lançado em 2009 com o objetivo principal de incentivar a produção e aquisição de novas unidades habitacionais para famílias com renda de zero a dez salários mínimos, aquecendo a economia com a geração de emprego e renda e tendo como meta inicial a produção de 1 milhão de moradias. No âmbito do PMCMV as famílias beneficiárias tem sido alocadas, geralmente, em áreas distantes do centro da cidade, desprovidas de infraestrutura, o que restringe o acesso aos serviços urbanos e aos espaços públicos, semipúblicos e coletivos. As várias situações geradas pela falta de acesso a esses serviços e equipamentos urbanos, trabalho, além da incidência da violência, levam a que os moradores tenham uma sociabilidade, muitas vezes, marcada por conflitos e tensões. Objetiva-se entender as experiências de sociabilidade familiar, nos conjuntos habitacionais atualmente implantados em Viçosa: César Santana Filho, Benjamin José Cardoso e Conjunto Habitacional Floresta, a partir do acesso aos espaços coletivos e públicos ou semipúblicos. O projeto em questão visa analisar ainda, como a disponibilidade dos espaços e serviços urbanos favorecem ou não a consolidação dos laços afetivos e sociais no âmbito familiar. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e descritiva. As observações não participantes, em inserções nos conjuntos habitacionais citados têm evidenciado restrições à sociabilidade dos moradores, pela localização dos conjuntos, distantes e de difícil de acesso à cidade para compras, trabalho, estudo e lazer e pela falta de postos de saúde e precariedade de atendimento por transporte coletivo. Foram observadas também a presença de muros e grades em janelas e portas da maioria das casas, falta de policiamento, de iluminação e conservação nas vias de acesso aos conjuntos além de sucateamento e deterioração das áreas de lazer, falta de telefones públicos e de rede de telefonia fixa, bem como fraco sinal de telefonia móvel. Estas evidências, dentre outras que possivelmente serão identificadas através da fala dos moradores, faz com que as pessoas permaneçam a maior parte do tempo no interior da residência, restringindo sua sociabilidade mais ampla.
Palavras-chave habitação, sociabilidade, acessibilidade
Forma de apresentação..... Painel
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