Resumo |
O etanol é capaz de afetar todas as células do organismo, sua metabolização provoca alterações incluindo a oxidação lipídica e danos hepáticos; sendo que, é no fígado que ocorre a degradação significativa dessa substância. Devido às recaídas e danos fisiológicos, novos modelos de tratamento tem sido utilizados, dentre eles, a prática da atividade física como coadjuvante à manutenção da saúde. O objetivo do trabalho foi verificar, a partir da experimentação animal, as alterações provocadas pelo uso de álcool e pela atividade física nas enzimas hepáticas e pancreáticas de ratos Wistar. Foram utilizados 24 ratos Wistar machos, com 90 dias. Os grupos experimentais foram controle (sem álcool) e sedentário (CS); controle (sem álcool) exercitado (CE); alcoólico e exercitado (AE); e alcoólico sedentário (AS). Foi administrado álcool (4g/Kg) na concentração 20% v/v por 4 semanas. Ao final da quarta semana iniciou-se o programa de treinamento físico com os grupos AE e CE: 5 dias/semana, 1 hora/dia, por 2 semanas, na intensidade de 65% da velocidade média comum. Os animais sofreram eutanásia por anestesia com isoflurano e retirada total do sangue por punção cardíaca. As atividades enzimáticas plasmáticas da AST, ALT, ALP, amilase e GGT foram determinados por métodos cinéticos específicos. O grupo AS apresentou valores mais elevados de ALT e ALP quando comparado com CE e AE, respectivamente. Não foram observadas diferenças entre os grupos para os parâmetros AST e amilase. Foram observadas correlações positivas e significativas entre as variáveis ALT e AST (r=0,45; p=0,026) e entre as variáveis GGT–1 e GGT–2 (r=0,898; p<0,001) quando comparadas de forma univariada. Entre as demais variáveis não foram observadas correlações estatisticamente significativas. Concluímos com este estudo que a associação entre álcool e sedentarismo promoveu uma maior liberação das enzimas ALT e ALP; o exercício físico foi capaz de evitar uma maior liberação plasmática de ALP nos ratos que consumiram álcool e, devido à meia-vida das enzimas e ao tempo de abstinência e exercícios, não foi possível detectar diferenças significativas para as enzimas AST, GGT e amilase entre controle e etilistas. |