Resumo |
Introdução: O manjericão sendo de origem tropical, deve ser armazenado sob refrigeração, quando se deseja prolongar a longevidade. Plantas de origem tropical e sub-tropical armazenadas sob refrigeração podem apresentar sintomas de injúria por frio quando transferidos para a temperatura ambiente. A membrana é considerada o local primário afetado pela injuria por frio, em que a ocorrência de uma fase de transição conduz aumento do extravasamento de iões. Em muitas espécies, tem sido observada relação entre a atividade das enzimas peroxidase, polifenoloxidase e catalase com injúria por frio de hortaliças resfriadas. Objetivo: Este trabalho objetivou avaliar a relação dessas enzimas no surgimento sintomas de injúria por frio em manjericão da cv. Genovese em vaso. Material e métodos: O manjericão em vaso foi armazenado por 4 dias 5° C e a temperatura ambiente, na simulação do tempo de transporte refrigerado. Após as plantas foram transferidas para temperatura ambiente e coleta de material para as análises após decorridas 2 horas. O grau de escurecimento das folhas foi avaliada visualmente de acordo com um índice de cinco níveis: 1-todas as folhas livres de sintomas; 2-cerca de 5% das folhas mostram danos; 3-cerca de um quinto das folhas mostrando danos; 4-a maioria das folhas mostram danos; 5- todas as folhas mostram danos. O extravasamento de eletrólitos das folhas foi determinado segundo o método descrito por WHITLOW et al. (1992). O extravasamento de eletrólitos foi calculado em percentagem de eletrólitos, extravasados no inicio em relação ao total, após o congelamento das amostras. A atividade da catalase foi determinada de acordo com o método de KAR e MISHRA (1976), por titulação. Para a determinação da atividade da peroxidase uma alíquota de extrato enzimático foi adicionada ao meio de reação (guaiacol 1,7%+tampão fosfato 0,1M pH6,0+H2O2 1,8%) e para a polifenoloxidase o extrato foi adicionada ao meio de reação (catecol 10mM+tampão fosfato 0,1M pH 6,5). O branco apresentou todos os componentes e o extrato foi substituído por água. A atividade enzimática foi analisada em espectrofotomêtro e expressa em UA/min/mg de proteína. A quantificação da proteína foi realizada pelo método de Bradford (1976). Resultados: Nos dias 2 e 3 as folhas de manjericão sob refrigeração apresentaram a maioria das folhas com danos, e atingiram o estágio 4 de escurecimento visual. Nas folhas armazenadas a 5°C, a taxa de extravasamento de eletrólitos, teve elevação de 19,66% no dia 3 em relação ao dia 0 e de 51,39% nas folhas a armazenadas a temperatura ambiente. O aumento da polifenoloxidase coincidiu com o aumento do escurecimento visual para os vasos sob refrigeração. Para a peroxidase e a catalase, esta relação não foi observada. Conclusões: O manjericão em vaso mantido a temperatura ambiente apresentou melhor conservação, pois não se observou sintomas de injúria por frio e nem escurecimento nas folhas. |