Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2365

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Meteorologia e climatologia
Setor Departamento de Geografia
Conclusão de bolsa Não
Primeiro autor Weslley Silva Júlio
Orientador Williams Pinto Marques Ferreira
Título Influência dos Períodos Secos e Chuvosos na Produção de Café de Montanha, das Matas de Minas
Resumo O Estado de Minas Gerais possui o maior parque cafeeiro do país e responde por mais de 52% da produção brasileira (26,34 milhões de sacas) CONAB (2014). O café mineiro é produzido em 80 mil propriedades rurais de 680 municípios, gerando 1,6 milhão de empregos diretos e indiretos, o que mostra sua importância, não só econômica, mas também social para essa região. Atividade cuja a produção é influenciada pelo clima da região, a cafeicultura busca cada vez mais o emprego de novas tecnologias e manejos que minimizem o impacto da variabilidade climática de modo a assegurar resultados satisfatórios para o cafeicultor. Considerando que, segundo Ayoade (1996), os níveis de precipitação são importantes controladores da prática agrícola, a caracterização dos períodos secos e chuvosos da região das Matas de Minas (região composta por 61 municípios localizada em parte da Zona da Mata Mineira e do Vale do Rio Doce) torna-se de fundamental importância. Assim, teve-se com o presente trabalho, o propósito de realizar a análise da variabilidade temporal dos períodos secos e chuvosos em diferentes escalas de tempo, bem como comparar essas variabilidades com o ciclo fenológico do café da região. Foi então realizado o cálculo dos Índices Padronizados de Precipitação (Standard Precipitatio Index - SPI) nas escalas temporais de 03, 06, 12 e 24 meses para a série de dados de 1982 a 2012, dos municípios de Viçosa, Caratinga, Aimorés, Caparaó, localizados em Minas Gerais, e Itaperuna, no Rio de Janeiro. Com base nos resultados, observou-se que nos últimos 30 anos avaliados ocorreram mais períodos secos, quando comparados ao número de períodos chuvosos, sendo que os períodos secos foram mais frequentes no primeiro semestre do ano. Os períodos secos mais longos duraram em torno de 12 meses, enquanto que os períodos chuvosos mais longos duraram no máximo 9 meses e ocorreram a maioria no segundo semestre do ano. Considerando que a planta do café necessita de um período seco entre os meses de junho a agosto, os períodos secos prolongados quando ocorreram na região podem ter contribuído para a redução da produção, como ocorreu entre as secas de 1982 a 1983,1998 a 1999, 2007 a 2008.
Palavras-chave Cafeicultura, Precipitação Pluviométrica, Índice padronizado de Precipitação
Forma de apresentação..... Painel
Gerado em 0,65 segundos.