Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2353

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Medicina e Enfermagem
Bolsa Rondonista
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FUNARBE, Outros, UFV
Primeiro autor Eunice Ferreira da Silva
Orientador Valdomiro Lourenço Nachornik
Outros membros Graziela Tainara Okuda, Kaiana Matos de Castro, Kamila Francielli Borges, Luana Ribeiro Ferreira, Nathalia David dos Santos, Phelipe Paim de Carvalho, Tamires Gabriela Prawucki , Willian Robson da Costa
Título Ação Cívico-Social (ACiSo) no Marajó (Pará): Um relato de experiência de uma operação especial do Projeto Rondon e Marinha do Brasil
Resumo O Projeto Rondon é uma ação de integração social, coordenado pelo Ministério da Defesa, que proporciona contato de universitários com realidades distintas. As ACiSo’s objetivam prestar assistência a populações desassistidas, em comunidades de difícil acesso e precárias condições de saúde. As populações-alvo de julho de 2014 foram comunidades ribeirinhas isoladas, situadas entre os municípios de Portel e Melgaço no Marajó, região com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH 0,483) e poucos profissionais de saúde, com casos frequentes de malária, infecções intestinais, cólera, Chagas, picadas de cobra, escalpelamento e gravidez na adolescência. O acúmulo de resíduos sólidos domésticos, a má qualidade da água para consumo e a ausência de esgotamento sanitário colaboram para disseminar muitas dessas doenças. Os rondonistas chegaram a Belém no dia 19 e foram conduzidos ao Navio-Auxiliar (NA) “Pará” aportado na Base Naval de Val de Cães. Suspendeu-se dia 20 com cerca de 170 pessoas: tripulação, equipe de saúde da Marinha, agentes do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Capitania dos Portos e rondonistas. Dia 21 distribuíram-se donativos às margens do estreito Boiuçu. Fundeou-se na Baía de Portel após 27 horas de viagem e iniciou-se o atendimento às embarcações ribeirinhas. A partir do dia 22, além das atividades no NA, uma equipe itinerante atendia em terra. Os ribeirinhos da comunidade Santo Agostinho eram atendidos no interior da igreja local ou encaminhados ao navio. No dia 23, a equipe itinerante atendeu em um Posto de Saúde em Cocal, Rio Pacajá. No dia 24, em um galpão, atendeu-se a comunidade de Menino Deus, no Rio Anapu. No dia 25 o atendimento ocorreu em Acangatá. Dias 26 e 27 o atendimento ocorreu à bordo do NA, abarrancado em Portel. No dia 28 atendeu-se em Antônio Lemos, no Furo do Tajapuru. As atividades encerraram-se no dia 28 em Cutijuba, aportando em Belém no dia 30 com retorno no dia 31. A expedição resultou em 1.421 atendimentos médicos e 800 odontológicos; 148 exames; 94 mamografias; 24.683 medicamentos distribuídos; 3.687 atendimentos do INSS; 142 embarcações abordadas e 7 apreendidas; 355 ouvintes em palestras de reciclagem e 102 em doenças sexualmente transmissíveis; formação de 73 aquaviários, 62 coberturas de eixo para evitar o escalpelamento em barcos. Os rondonistas realizaram centenas de consultas, triagens, aferições de pressão e glicemia, atividades recreativas e educacionais, distribuição de folhetos, preservativos, hipoclorito. Conclui-se que a ACiSo atendeu os objetivos propostos e deve ser mantida. Foi uma experiência inesquecível e uma vivência extremamente gratificante. Atender, contribuir com sorrisos, olhares e ouvidos atentos para aqueles ribeirinhos, tão carentes de afeto e atenção. Mais do que ensinar, muito se aprendeu e, assim como aqueles rios paraenses, que se renovam constantemente, certamente não retornamos os mesmos, porém melhores, mais cidadãos e conscientes do nosso papel na sociedade.
Palavras-chave Projeto Rondon, Saúde, Extensão Universitária
Forma de apresentação..... Painel
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