Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2351

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Genética e melhoramento vegetal
Setor Departamento de Biologia Geral
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Kassiana Mafra Bicalho
Orientador CARLOS ROBERTO DE CARVALHO
Outros membros Guilherme Mendes de Almeida Carvalho, Thaís Cristina Ribeiro da Silva
Título Estabelecimento de metodologia de ensaio cometa para avaliação de fragmentação de DNA nuclear em calos de Passiflora cincinnata
Resumo A embriogênese somática (ES) é um importante processo usado na cultura de tecidos vegetais e pode ser do tipo direta (ESD) ou indireta (ESI). Na ESI, células somáticas sofrem desdiferenciação, formam uma massa de células indiferenciadas denominada calo e, posteriormente, rediferenciam-se em embriões. Devido ao esgotamento de nutrientes, ao tempo de subcultivo e à presença de reguladores de crescimento, a ES expõe as células a condições de estresse, que podem levar à variação somaclonal ou a danos físicos na própria estrutura da molécula de DNA. O ensaio cometa permite a identificação de quebras de DNA em células individuais através da combinação de eletroforese em células embebidas em agarose e microscopia de fluorescência. Apesar de ser uma importante ferramenta em estudos de genotoxicidade e biomonitoramento, poucos trabalhos foram desenvolvidos aplicando o ensaio cometa ao cultivo in vitro. O objetivo deste trabalho foi estabelecer uma metodologia, com especial enfoque no isolamento nuclear, para o uso do ensaio cometa em calos. Procurou-se também avaliar os danos no DNA em relação aos tempos de subcultivo e às camadas verticais dos calos. Por apresentar níveis seguros de respostas morfogênicas in vitro, a espécie Passiflora cincinnata foi utilizada no estudo. Folhas cotiledonares foram utilizadas como explante para a indução de embriogênese e consequente formação de calos. Para o isolamento nuclear, 0,2 g de um dos calos, mantido no meio de indução por 6 meses, foi submetido a cortes sucessivos em tampão de isolamento nuclear. Três tampões foram testados: PBS, Tris e Sorensen. A suspensão nuclear foi filtrada e 22 µL desta foram misturados à 88 µL de agarose low melting (0,75%) em uma lâmina previamente coberta com agarose normal melting (1%). As lâminas, cobertas com uma lamínula, foram mantidas a 4°C por 20 min e, após este período, as lamínulas foram retiradas. Para o desenovelamento, as lâminas fora incubadas em solução alcalina por 5 min. A eletroforese foi executada em mesma solução a 0,8V/cm por 18 min. Após eletroforese, as lâminas foram neutralizadas e coradas com acridina orange. Para as análises dos eventuais danos entre os diferentes tempos e entre as camadas, o mesmo procedimento foi utilizado aplicando-se o melhor tampão obtido no teste anterior. O PBS foi considerado o melhor tampão para isolamento pois permitiu a obtenção de um maior número de núcleos em relação aos outros tampões. O isolamento mecânico também foi eficiente no isolamento nuclear. Observou-se que os danos na molécula de DNA do genoma nuclear independe da idade ou camadas do calo, sugerindo que esta relação seja calo-específica. Mediante os resultados obtidos, foi possível também padronizar uma metodologia para ensaio cometa utilizando-se material calogênico, o que possibilitará a condução de futuros trabalhos em calos de P. cincinnata
Palavras-chave Passiflora cincinnata, embriogênese somática, ensaio cometa
Forma de apresentação..... Oral
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