Resumo |
O sistema agroindustrial do leite apresenta fundamental importância para o país do ponto de vista econômico e social, destacando-se a alta capacidade de geração de emprego da atividade pecuária, que representa um dos principais segmentos agropecuários na geração de trabalho direto e indireto. Em relação ao consumo, o Brasil apresenta uma estimativa de consumo per capita anual de leite e derivados de 128 litros, apresentando um déficit de 72 litros com relação à recomendação do Ministério da Saúde. A mudança de comportamento do consumidor de alimentos permite a inserção de um novo consumidor que não se preocupa apenas com o preço no momento da compra e avalia na escolha de determinado produto, fatores como a qualidade do mesmo, responsabilidade social e sustentabilidade ambiental da empresa que o produz, atendimento pós-venda, entre outros. O presente trabalho buscou propôs-se a auxiliar na promoção do desenvolvimento regional e na sustentabilidade da indústria de laticínios mineira, tendo como objetivo avaliar o comportamento de compra do consumidor de leite e derivados, proporcionando às indústrias de laticínios uma base de dados mais precisa para tomada de decisões. Além disso, por meio do fornecimento de um maior número de informações, o projeto visou auxiliar os laticínios na estruturação de estratégias de marketing mais adequadas, tendo como base mecanismos mais concretos para entendimento do comportamento do seu consumidor. Acredita-se que isto permitirá aos laticínios e, em maior proporção à cadeia de lácteos mineira, alavancar o consumo de leite e derivados e, como consequência, possibilitará aumento de receita, maior geração de empregos e maior circulação de renda na região envolvida. A identificação dos fatores que influenciam o comportamento de compra dos consumidores de leite e derivados e das demandas ainda não satisfeitas pelo mercado de derivados lácteos foi realizada por meio de uma pesquisa descritiva aplicada na forma de entrevista, em estabelecimentos varejistas na cidade de Viçosa, Minas Gerais. Os entrevistados demonstraram que informações relacionadas à saúde e ao bem estar estão bem disseminadas, o que foi comprovado pelo grande números de respostas associando o maior consumo de produtos lácteos à segurança e funcionalidade. Os resultados evidenciaram que não só adultos com mais de 36 anos de idade consomem lácteos porque são saudáveis, mas também jovens com mais de 18 anos os tem buscado, cada vez mais, por acreditarem que a educação alimentar deve começar desde cedo por proporcionar uma maior qualidade de vida a longo prazo. Pelos resultados observou-se que o fator saúde está em alta, principalmente no que tange ao baixo teor de gordura, sal e açúcar e à adição de nutrientes essenciais, porém o consumidor atual exige também produtos que, ao mesmo tempo, sejam compatíveis com sua renda e com sua integridade física e que apresentem origem comprovada e qualidade garantida. |