Resumo |
O Brasil é o maior produtor mundial de citros destacando-se na produção de laranja, e o Estado de Minas Gerais ocupa o quarto lugar na produção nacional. Os municípios de Dona Euzébia e Astolfo, na região da Zona da Mata, se destacam na produção de mudas em “viveiros a céu aberto”, para a implantação de novos pomares. Atualmente tornou-se comum a produção de mudas em viveiros-telados, para evitar a disseminação de pragas, principalmente para proteção contra o inseto Psilídeo Diaphorina citri, transmissor do Greening, doença causadora de grandes prejuízos econômicos ao setor. O objetivo do trabalho foi avaliar diferentes métodos de forçamento da brotação e posterior desenvolvimento do enxerto. A enxertia foi feita sobre o limoeiro ‘Cravo’, usando como copas a laranjeira Bahia, tangerineira Poncã e o limoeiro Tahiti em viveiro-telado nas condições de Viçosa, MG. . O experimento foi conduzido no Pomar do Fundão, Setor de Fruticultura - UFV. Durante o período experimental a temperatura no interior do viveiro foi medida de hora em hora usando datalogger. . O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com quatro repetições, sendo a parcela formada por seis plantas. Os tratamentos utilizados para o forçamento da brotação foram: 1 - curvamento do porta-enxerto, logo acima do ponto de enxertia, sem corte, 2 - curvamento do porta-enxerto, logo acima do ponto de enxertia, com corte , 3 - anelamento parcial do porta-enxerto 2,5 cm acima da borbulha enxertada, 4 - anelamento total do porta-enxerto 2,5 cm acima da borbulha enxertada, 5 - decapitação do porta-enxerto acima da enxertia e 6 - testemunha, que não recebeu nenhum tipo de forçamento do enxerto. Os tratamentos foram aplicados após a enxertia feita em “T” invertido e pegamento das borbulhas. A irrigação, controle de pragas e adubações foram feitas sempre que necessários. As mudas foram tutoradas com haste de arame galvanizado para formação de uma haste única, ereta e vertical. Os dados coletados foram número de folhas, diâmetro do caule, altura da haste, todos relativos ao enxerto. Os primeiros resultados indicam que, dentre os tratamentos aplicados, o curvamento do porta-enxerto, e o curvamento do porta-enxerto com corte foram os que induziram maior vigor vegetativo aos enxertos. Os tratamentos: anelamento parcial, anelamento total e testemunha mostraram-se ineficazes, mantendo a maioria das borbulhas dormentes, portanto não houve nenhum crescimento vegetativo. A decapitação foi intermediária, havendo ótimo vigor inicial, porem o crescimento do enxerto ficou estagnado depois de algum tempo, sendo ultrapassado pelos tratamentos 1 e 2. Os resultados foram iguais para as três variedades de citros pesquisadas. |