Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2319

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Microbiologia
Setor Departamento de Microbiologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Lílian Emídio Ribeiro
Orientador MARISA VIEIRA DE QUEIROZ
Título Identificação de Proteínas Secretadas Durante a Interação Colletotricum lindemuthianum- Phaseolus vulgaris.
Resumo Colletotrichum é um dos mais importantes gêneros de fungos fitopatogênicos, sendo amplamente distribuído pelo mundo. Pertence ao grupo dos ascomicetos, causando a doença antracnose em uma enorme gama de plantas dicotiledôneas e monocotiledôneas cultivadas. Durante a interação com o hospedeiro, os fitopatógenos têm que superar as barreiras físicas e químicas pré-formadas e induzidas na planta. Para superar essas barreiras, a interação biotrófica inicial com as células hospedeiras pelos fungos hemibiotróficos é facilitada por pequenas proteínas secretadas pelo patógeno, denominadas efetoras. As proteínas efetoras alteram a estrutura e função dos componentes celulares do hospedeiro, facilitando a infecção. As moléculas efetoras desempenham um papel fundamental na resposta imune das plantas. As proteínas efetoras normalmente são pequenas, ricas em cisteína e apresentam um peptídeo sinal na extremidade N-terminal. Dessa forma, a compreensão dos mecanismos genéticos e fisiológicos envolvidos na interação planta/patógeno pode ser útil na estruturação de novos e eficientes métodos de controle às doenças, por meio da caracterização funcional de genes envolvidos com a patogenicidade. O objetivo deste trabalho foi a identificação de genes candidatos a proteínas efetoras em Colletotrichum lindemuthianum na interação do patógeno com o seu hospedeiro. Como o genoma desse fungo ainda não foi sequenciado, foram realizadas buscas em bancos de sequências genômicas de outras espécies de Colletotrichum visando à detecção de genes que codificam proteínas efetoras, que pudessem também estar presentes em C. lindemuthianum. A análise dos bancos de dados, levou a identificação de quatro genes candidatos (denominados genes 1, 2, 3 e 4) no genoma de C. graminicola. Estes genes codificam pequenas proteínas hipotéticas que apresentam as características descritas acima. As sequências encontradas foram utilizadas para a construção de quatro conjuntos de oligonucleotídeos iniciadores, que foram utilizados para a amplificação dos genes em C. lindemuthiamum e C. graminicola. Foram obtidos amplicons múltiplos para cada gene em C. lindemuthianum, demonstrando que as amplificações foram inespecíficas ou que este fungo possui mais de uma cópia de cada gene. Por causa disso, nossa pesquisa foi concentrada em C. graminicola, que é o agente causal da antracnose em milho (Zea mays). A análise das sequências depositadas em bancos de dados revelou que duas delas codificam proteínas relacionadas com a fase biotrófica (genes 1 e 2) em outros fungos.O gene 1 foi encontrado em cinco espécies de Colletotrichum (C.graminicola, C.higginsianum, C.fioriniae, C.orbiculare e C.gloeosporioides).Para determinar os papeis que essas possíveis proteínas efetoras podem ter na patogenicidade de C. graminicola, será feito o isolamento de mutantes inativados para cada um dos quatro genes e a realização de testes de patogenicidade em plantas de milho.
Palavras-chave Colletotrichum, proteínas efetoras, fitopatógeno
Forma de apresentação..... Painel
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