Resumo |
O aumento do número de indivíduos em idade ativa contribui para o aumento das riquezas do Brasil na medida em que essas pessoas são absorvidas pelo mercado de trabalho. A inserção do idoso nesse mercado é importante para a melhoria de sua qualidade de vida e de sua família, principalmente por proporcionar aumento da renda e consequente incremento de seu poder aquisitivo, influenciando no consumo e nas transferências inter e intrafamiliares; para sua autoestima, autonomia e independência; para a sociedade; e, para o mercado de trabalho. O objetivo geral do estudo consistiu em analisar a participação do idoso nas atividades econômicas nos anos de 2002 e 2012, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Os dados foram extraídos e analisados utilizando-se o software Stata - Data Analysis and Statistical Software 11.0. O universo de análise foi constituído pelos idosos que se reinseriram no mercado de trabalho. Foi realizada uma análise exploratória dos dados, que mostrou que os homens representaram em 2002, 74,01% (n=1.090.328) dos indivíduos reinseridos e, em 2012, 67,80% (n=1.407.337), o que evidencia a não reinserção ou a saída precoce da mulher no mercado de trabalho. No que diz respeito à raça, a maioria dos trabalhadores em 2002 e 2012, se autodeclararam brancos (63,71% e 60,41%, respectivamente) e pardos (29,19% e 30,56%, respectivamente). Em relação à sua condição na unidade domiciliar, observou-se que em ambos os anos predominou a pessoa de referência (82,44% e 76,08%, respectivamente), seguido do cônjuge (13,29% e 19,15%); e outro parente (3,6% e 3,63%); e, em proporções menores que 1%, encontraram-se as condições de filho, empregado doméstico, agregado e pensionista. No que se refere à região de residência, 46,14% e 49,3%, respectivamente, residiam na região Sudeste; 28,06% e 22,76%, na região Sul; 16,81% e 18,97%, no Nordeste; 4,92% e 5,04%, no Norte; e, 4,07% e 3,92%, no Centro-Oeste. Em relação ao nível de escolaridade, foi possível observar que grande parte dos idosos (60,46% e 56,01%, respectivamente) possuíam o ensino fundamental; 9,54% e 15,18%, ensino médio; 11,56% e 15,69%, ensino superior; 0,58% e 1,88%, pós-graduação; e 17,86% e 11,24%, não declararam. Os que sabiam ler e escrever representaram 79,05% e 86,7%, respectivamente. Em síntese, a maioria dos idosos reinseridos no mercado de trabalho eram brancos, residiam na região Sudeste e possuíam o ensino fundamental. No intervalo de tempo estudado, é importante ressaltar a redução da taxa de analfabetismo no grupo estudado, bem como o fato de o número de idosos reinseridos que possuíam o ensino superior ser mais elevado do que os que possuíam o ensino médio. É interessante ressaltar também que, apesar da expectativa de vida das mulheres ser mais elevada, os homens continuam no mercado de trabalho por mais tempo, geralmente, na condição de pessoa de referência. |