Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2292

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Memória e patrimônio
Setor Departamento de Ciências Sociais
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Victor Cezar de Sousa Vitor
Orientador DOUGLAS MANSUR DA SILVA
Outros membros Amanda Goncalves de Almeida
Título Cultura cosmopolita versus Identidade Local? Mapeando zonas de turbulência, identidade e memória no espaço público de Viçosa/MG
Resumo O estudo se propôs etnografar diferentes percepções de atores sociais vinculados ao incentivo imobiliário, localizados no centro da cidade de Viçosa/MG, acerca das formas de conflito pela soberania no espaço construído, frente a formas de segregação, apropriação e produção de memória no espaço urbano da cidade.
A pesquisa é subprojeto do projeto “Cultura Cosmopolita versus Identidade Local? Tensões, divergências e conexões entre moradores de uma cidade da Zona da Mata mineira (2010-2012), e esteve em exercício entre agosto de 2012 a agosto de 2013.
A unidade de contexto da pesquisa diz respeito ao campo de negociações imobiliárias estabelecido no âmbito sócio-espacial de Viçosa, cidade esta marcada por um intenso fluxo de pessoas que se expressa tanto pela sua população nativa, como pelo seu grande contingente migratório, em grande parte, atraído pela Universidade Federal de Viçosa.
O contraste entre população local e a maioria dos migrantes, que se traduz em assimetrias de poder, acesso desigual a bens culturais e a condições favoráveis à mobilidade social, possibilita-nos identificar no município um fenômeno singular: a migração de mão-de-obra altamente qualificada para uma cidade considerada de pequeno a médio porte.
Os efeitos da expansão das últimas duas décadas são visíveis nos contrastes da paisagem urbana local. O aumento populacional, seguido da ausência ou ineficácia de políticas públicas de planejamento urbano, o desenvolvimento do comércio e da especulação imobiliária – que encarecem significativamente o custo de vida, sobretudo para os mais pobres -, tem produzido, de acordo com estudos anteriores, uma acelerada verticalização de sua região central e entorno, além da expansão da fronteira urbana do município, na forma de bairros periféricos, de classes médias e condomínios fechados, situados ao lado ou entre trechos de mata nativa e propriedades rurais. Segundo dados obtidos pela Secretaria da Fazenda do Município de Viçosa (Julho/2013), dentre cerca de trinta e sete mil edificações registradas na cidade, somente sete mil não são verticalizadas.
A partir deste cenário, o objetivo da presente pesquisa concentrou-se na realização de uma etnografia de territórios (poder no espaço) e lugares (produção de memória), com base em narrativas de atores sociais que assumem o papel de mediadores/interventores da conformação político-econômica do espaço urbano da cidade de Viçosa/MG. Os objetivos específicos do presente estudo estiveram concentrados em identificar as percepções de diferentes agentes sociais (corretores imobiliários, Instituto de Planejamento Urbano de Viçosa – IPLAM e Secretaria da Fazenda do Município de Viçosa) relacionados ao incentivo imobiliário na cidade de Viçosa, acerca do espaço construído e da dinâmica do campo de negociações imobiliárias; suas lógicas de ação (exercício do trabalho) no referente campo, além de formas de segregação e apropriação do espaço, frente à produção de memória nos espaços urbanos da cidade.
Palavras-chave incentivadores imobiliários, verticalização, território
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,71 segundos.