Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2204

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Economia e desenvolvimento
Setor Departamento de Economia
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Ana Luiza Farage Silva
Orientador ORLANDO MONTEIRO DA SILVA
Título A Intensidade Tecnológica das Exportações Brasileiras: Mudança Estrutural e Evolução Recente
Resumo O presente trabalho buscou avaliar as exportações brasileiras em termos do seu conteúdo tecnológico, analisando sua evolução relativa aos países desenvolvidos. O tema é de grande importância, uma vez que, de acordo com Haussman et al. (2007), a sofisticação da cesta de exportação é correlacionada com a futura renda per capita do país. Dessa maneira, calculou-se a sofisticação (conteúdo de renda por meio do índice PRODY) dos produtos exportados pelo Brasil, no período entre 2000 e 2012, classificando-os de acordo com a intensidade tecnológica. Com isso, avaliou-se os efeitos da crise financeira internacional de 2008 sobre os produtos exportados de alta, média-alta, média-baixa e baixa tecnologia. Além disso, comparou-se a evolução da sofisticação das exportações brasileiras com aquelas dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e com as da China por meio do índice EXPY e do cálculo do índice de Gini para a concentração do valor das exportações com relação ao seu conteúdo de renda. Finalmente, estimou-se um modelo dinâmico que mostrasse o padrão do ajustamento estrutural das exportações brasileiras. A sofisticação revelada das exportações ou o nível de produtividade associado aos produtos que o Brasil exporta têm tido um crescimento constante. No país, a pequena redução da concentração das receitas dos produtos exportados com relação à sua intensidade tecnológica coincidiu com a alta do preço das commodities, indicando que o país ainda é muito dependente das exportações dos produtos que utilizam recursos naturais, mão-de-obra não qualificada e tecnologia facilmente reproduzida. No que se refere à crise de 2008, os produtos de alta tecnologia foram os mais afetados, seguidos pelos de média baixa, baixa e então média alta tecnologia. Além disso, confirmou-se a existência de uma relação linear entre o conteúdo de renda (indicador da sofisticação), com a vantagem comparativa dos produtos exportados pelos países considerados. No trabalho de Freitas e Mamede (2005) essa relação passa de negativa para positiva, o que foi confirmado no presente estudo, com a mudança ocorrendo a partir dos valores da renda per capita de US$11 mil dólares. Assim, observou-se, a partir do modelo dinâmico criado para representar o padrão tecnológico das exportações, que é possível que o Brasil passe de uma posição de exportador de produtos com maior vantagem comparativa revelada para itens de maior conteúdo de renda. No entanto, outras variáveis determinantes do crescimento econômico devem ser consideradas para ajustar o modelo criado de modo a aproximá-lo o máximo possível da realidade.
Palavras-chave exportações, intensidade tecnológica, análise dinâmica
Forma de apresentação..... Oral
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