Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2200

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Agricultura, agroecologia e meio ambiente
Setor Departamento de Entomologia
Bolsa PROBIC/FAPEMIG
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro FAPEMIG
Primeiro autor Santos Henrique Brant Dias
Orientador WEYDER CRISTIANO SANTANA
Título EFEITO DA AZADIRACTINA (NIM) EM COLÔNIAS DE Apis mellifera (HYMENOPTERA, APIDAE)
Resumo No Brasil, a apicultura é uma atividade rentável e em franco crescimento. Do ponto de vista econômico, um terço da produção mundial de grãos depende da polinização, sendo que cerca de 73% das espécies agrícolas cultivadas mundialmente são polinizadas por abelhas. Entretanto, a agricultura moderna está afetando diretamente a população de espécies de abelhas, sendo que a perda anual de produção agrícola por falta de polinização, para 30 cultivares, é de 65 bilhões de dólares. Este trabalho teve como objetivo estudar o efeito do nim, Azadirachta indica A. Juss, sobre as colônias de Apis mellifera africanizadas expostas ao inseticida AZAMAX®. Para isto foram analisados o peso das colônias, a área de crias (pupas e larvas) e alimentos nos favos de 10 colônias desta abelha, bem como a área dos ácinos das glândulas hipofarigeanas de 10 abelhas nutridoras por colônia. As colônias foram mantidas em um mesmo apiário e divididas em dois tratamentos com cinco colônias (repetições) cada. Foi testada a dose comercial indicada pelo fabricante do produto Azamax® para a cultura do tomate(30 mg i.a./L), a qual foi fornecida em alimentadores internos nas entradas das colônias mantidas no campo. Dietas a base de mel de A. mellifera africanizada diluído em água à 50% (1:1, v/v) foram fornecidas nos seguintes tratamentos: 1) Sem Azamax® – Controle; e 2) Com Azamax® – tratamento com 30 mg i.a./L. Diariamente foram fornecidos 500 mL das dietas durante sete dias de exposição, sendo que todas as colônias tiveram livre acesso ao ambiente externo. Houve diferença estatística entre as áreas de crias totais pela análise de variância One Way (F=14,740 e P<0,001 e força do teste com alfa= 0,050: 1,000) e entre médias por ajuste de Bonferroni pelo teste t (P<0,050); entre as áreas de alimento pelo teste Kruskal-Wallis One Way (P = <0,001) e pelo teste de comparação de médias Dunn's (P<0,05); entre as áreas dos ácinos das glândulas hipofaringeanas entre os grupos pelo teste Mann-Whitney U (P = <0,001); e entre as áreas dos ácinos das glândulas hipofaringeanas entre as colônias pelo teste Kruskal-Wallis One Way (P = <0,001) e de múltipla comparação entre médias pelo teste Tukey (P<0,05). As diferenças observadas com a alimentação contendo Azamax® fornecida às colônias apresentou efeito tanto na área das crias, quanto sobre as glândulas hipofaringeanas das operárias nutridoras, as quais são responsáveis pela produção de geleia real para alimentar as larvas (imaturos). Isto denota que a Azadiractina é pouco e/ou não é letal as abelhas adultas, contudo, como verificado, ela é capaz de atuar sobre a fisiologia das operárias nutridoras ao ponto de alterar a dinâmica das colônias de abelhas em campo ao diminuir o número de crias viáveis e indivíduos adultos.
Palavras-chave Azamax, Agrotoxico, Polinizadores
Forma de apresentação..... Painel
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