Resumo |
As transformações atuais da sociedade democrática contemporânea tem feito da bioética um tema de grande importância na educação em saúde, principalmente para pessoas relacionadas às atividades de liderança comunitária e conselhos municipais de saúde. Mesmo depois de vinte anos da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), há ainda mudanças necessárias para a real implantação do sistema. Para isso, é importante que se tenha uma sociedade verdadeiramente democrática, se baseando em diálogo, reflexão e a educação como meio de crescimento coletivo e melhoria na qualidade de vida. Com a criação do SUS, houve a proposta de participação da sociedade no controle (social), formando assim, sujeitos autônomos, reflexivos e socialmente inseridos no processo de formação de um projeto de atenção à saúde. Nessa proposta, a importância dos conselhos municipais de saúde e dos líderes comunitários é inegável, uma vez que eles agem como representação, ao levar demandas comunitárias a órgãos superiores, principalmente no caso dos conselhos, que são órgãos deliberativos e prezam pela isonomia de representação, ou seja, trazem demandas de todos os grupos sociais. O que acontece com os conselheiros é que, na maioria das vezes, não são efetivamente representativos, ou por não receberem capacitação ou por não levarem demandas reais para as pautas. A mudança da realidade de representação social no Brasil é urgente e, dentro da realidade dos conselhos e dos líderes comunitários, uma maneira efetiva de se alcançar o objetivo são as capacitações. É necessário, também, democratizar a informação, para que os espaços de discussão sejam abertos para cidadãos informados, que vão participar ativamente das decisões. Nesse sentido, o empoderamento (processo pelo qual pessoas ou comunidades adquirem maior controle sobre as decisões e ações que afetam sua saúde) é bastante importante, como forma de incluir a população nos espaços de discussão, democratizando o poder. Pensando nesse empoderamento vem a proposta central desse projeto, que é capacitar os líderes e conselheiros de Viçosa. Para isso, está sendo feita revisão de literatura visando maior conhecimento da realidade e história desses cenários e dar embasamento para montarmos um questionário. A partir disso, a montagem da oficina em bioética aplicada a esse público será possível e, quando o evento for realizado, haverá avaliação dos participantes. Essa avaliação nos permitirá perceber o impacto social do projeto em Viçosa. |