Resumo |
INTRODUÇÃO: A prática de atividade física pela manhã, logo após o despertar, é cada vez mais frequente. Entretanto, o hábito alimentar prévio a essa atividade pode influenciar diretamente a qualidade dessa prática, pois os alimentos contidos no desjejum determinam a resposta glicêmica e metabólica do indivíduo. OBEJETIVO: O presente estudo busca avaliar a resposta metabólica e o comportamento dos gases sanguíneos, após refeições pré-exercício, com diferentes índices glicêmicos (IG) e em estado de jejum, adotando diferentes procedimentos de hidratação. Além de buscar estabelecer as correlações entre as possíveis alterações com os parâmetros cardiorrespiratórios dos voluntários. MÉTODOS: Foram avaliados 12 homens saudáveis com médias de idade: 23±2,05; IMC: 23,97±1,65; %gordura: 13,47±2,29 e VO2máx(extrapolado): 41,32±8,73. Os voluntários realizaram quatro sessões experimentais: de alto índice glicêmico (AIG)/ hidratação com água; de baixo índice glicêmico (BIG)/ hidratação com água; e em estado de jejum, sendo nesta última oferecida duas formas de hidratação durante o exercício, água ou bebida carboidratada (CHO). As refeições eram oferecidas 30 minutos antes de um exercício em cicloergômetro com duração de uma hora na faixa de 60 a 70% do VO2máx(extrapolado). Amostras de sangue venoso para análise de lactato, pH, PCO2, PO2, TCO2, HCO3, BE e SO2 foram coletadas em jejum, imediatamente antes do consumo do “café da manhã”, assim como 15 e 30 minutos após seu consumo. Durante o exercício, foram obtidas amostras em intervalos de 20 minutos até o final dos 60 minutos de exercício. Para análise de lactato foi utilizado um analisador portátil (Accutrend, Roche®, Mannheim, Alemanha), e para as demais variáveis foi utilizado o Analisador Sanguíneo i-Stat One (i-Stat, Abbott®, Illinois, Estados Unidos). Foi realizada análise de gases em períodos de cinco minutos a cada 20 minutos de exercício. Entre os parâmetros cardiovasculares, a pressão arterial sistólica e diastólica foi aferida em repouso e durante intervalos de 20 minutos no decorrer da atividade. A frequência cardíaca (FC) dos participantes foi registrada no repouso e em intervalos de 10 minutos durante cada experimento através do Sistema Polar modelo S-610i. Os dados foram analisados utilizando-se ANOVA. RESULTADOS: Não foi observada diferença significativa nos parâmetros cardiorrespiratórios dos participantes entre os quatro procedimentos experimentais, já os parâmetros da gasometria venosa apresentaram diferenças significativas para o pH e o pO2. O momento que mais apresentou correlações significativas entre os parâmetros da gasometria venosa e os parâmetros cardiorrespiratórios foi aos 40 minutos de exercício. CONCLUSÕES: Os resultados demonstram que os quatro procedimentos experimentais foram capazes de manter os parâmetros cardiorrespiratórios e hemogasométricos dos participantes, o que provavelmente ocorreu devido à manutenção do estado de hidratação. |