Resumo |
Novas formas organizacionais, em especial as redes, vêm ganhando cada vez mais força no mercado contemporâneo, sua estrutura flexível se faz necessária para as organizações se adequarem aos condicionantes ambientais. Nesse sentido, a importância de entidades de apoio e as interações destas com outros atores do ambiente contribuem para o desenvolvimento empresarial. O objetivo do trabalho se concentra em descrever o contexto institucional e compreender a dinâmica interorganizacional da indústria de software nas principais regiões produtoras do estado de Minas Gerais, especificamente: Belo Horizonte, Uberlândia e Juiz de Fora. A escolha desta indústria apresenta-se como adequada para esta proposta, pois poder público, entidades de classe e as próprias empresas têm reunido esforços para aumentar a produtividade e a competitividade do setor. Além disso, quanto à escolha das cidades, estas se apresentam como importantes para o desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados utilizando-se as técnicas de análise de dados secundários, para contextualização do estudo e para a caracterização da indústria de software em Minas Gerais. Para o estudo do fenômeno propriamente dito, utilizou-se de entrevista pessoal. A coleta de dados se deu por meio de entrevista pessoal tendo como instrumento o questionário semi estruturado (roteiro). Foram realizadas entrevistas com empresários e representantes de instituições de apoio nas três cidades estudadas. A partir das entrevistas, foram identificadas as entidades e suas respectivas funções. Além disso, as relações interorganizacionais foram observadas com base na cooperação (entre empresas, entre as empresas e entidades e entre as entidades) e coordenação (centralizada e compartilhada). O estudo, ainda, apresenta resultados relevantes para os empresários, aos quais cabe uma maior participação nas associações e a busca de uma interação maior no setor com outros empresários. Para os formuladores de políticas públicas, o trabalho chama atenção para o papel das associações locais, os quais apareceram como intervenientes nas relações entre os governos e os empresários. |