Resumo |
Atualmente é muito discutida a questão da acessibilidade aos mais diversos espaços públicos. Portanto, fazem-se importantes discussões acerca da educação especial, uma vez que é citada no capítulo V da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nos artigos 58, 59 e 60. Esses artigos defendem que a educação especial é uma modalidade da educação escolar que deve atender alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades cujo oferecimento deve ser preferencialmente na rede regular de ensino. Assim, os alunos com necessidades especiais têm o direito de frequentar a educação básica e também de ingressar no ensino superior e possuem, mais do que nunca, a consciência de que podem acessar a universidade pública e ser plenamente atendidos nesse espaço. No entanto, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) possui inúmeras barreiras físicas e de gestão pedagógica que comprometem o bom atendimento dos alunos no campus de Viçosa, apesar dos avanços já alcançados. Assim, se faz necessário divulgar para a comunidade acadêmica o que vem sendo feito na UFV para assegurar que esses alunos possuam sucesso em sua permanência, aproveitando todas as oportunidades que lhes são oferecidas. Para serem analisadas essas implicações, foi desenvolvida uma atividade investigativa no âmbito da disciplina EDU 144 - Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental e Médio, sob a orientação da professora Drª Cristiane Aparecida Baquim, a fim de identificar a política de inclusão desenvolvida pela UFV. Para cumprir com esse objetivo, foi realizada uma entrevista com a professora Drª Esther Giacomini Silva do Departamento de Educação da UFV, membro da Comissão de Acessibilidade e coordenadora do Núcleo Interdisciplinar de Apoio à Inclusão (NIAI) da UFV. Segundo a entrevistada, é necessário fazer mudanças no campus da UFV e existem ações que propõem melhorias tais como a instalação de elevadores e rampas padronizadas. No entanto, elas acabam esbarrando em questões burocráticas e prioritárias, sendo às vezes travadas pela inconstância das verbas oriundas do projeto Incluir do MEC. A professora ressaltou que o NIAI promove ações inclusivas no meio universitário, fomentando atividades com órgãos parceiros visando à permanência dos alunos na comunidade universitária de forma democrática e cidadã. Assim, é necessário esclarecer que a UFV tem feito o possível, entretanto muitas iniciativas não dependem apenas da instituição, uma vez que essa necessita de recursos de órgãos do Governo Federal. Dessa forma, a problemática permanece limitando o acesso em grande parte dos prédios do campus, tendo em vista que são instalações antigas e com acesso precário. Portanto, ficou claro que os órgãos administrativos precisam do apoio de toda a universidade: alunos declarando com clareza as suas necessidades, funcionários recebendo qualificação adequada, professores dispostos a aprender a lidar com esses alunos, dentre outros, visando à inclusão plena de todos. |