Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 2012

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Extensão
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Saúde publica e ambiente
Setor Departamento de Nutrição e Saúde
Bolsa PIBEX
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro FAPEMIG, UFV
Primeiro autor Adriana Marques de Souza
Orientador ROSANGELA MINARDI MITRE COTTA
Outros membros Ana Carolina de Paula Lima, Juliana Costa Machado, Luciana Saraiva da Silva
Título Doença renal crônica em portadores de hipertensão arterial: uma realidade oculta
Resumo A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), condição crônica altamente prevalente, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento e progressão da Doença Renal Crônica (DRC), que é considerada um grave problema de saúde pública em todo o mundo. A prevalência de DRC vem aumentando mundialmente, com incremento anual de 8 a 16%, que é maior do que o crescimento populacional geral. No Brasil, segundo o censo de 2013, 10 milhões de indivíduos possuem algum grau de alteração renal, tendo como agravante, o fato de ser uma enfermidade desconhecida por muitos portadores. Infelizmente, a DRC é subdiagnosticada e tratada inadequadamente, em especial em nível de Atenção Primária à Saúde (APS), resultando em evolução desfavorável e alto custo do tratamento. Neste contexto, há que se salientar o papel estratégico e primordial dos profissionais que atuam na APS no diagnóstico precoce e encaminhamento dos pacientes a unidades de maior nível de complexidade e/ou especialistas. A adoção da Estratégia Saúde da Família (ESF) como política prioritária da APS no Brasil, por sua conformação e processo de trabalho, compreende as condições mais favoráveis de acesso às medidas multissetoriais e integrais de abordagem da DRC. Sendo assim, o objetivo do estudo foi identificar a prevalência de DRC oculta em portadores de HAS cadastrados na APS. Trata-se de um estudo transversal com os portadores de HAS acompanhados pela ESF de Porto Firme, Minas Gerais, em 2012 e 2013. Participaram do estudo 293 indivíduos, correspondendo a 42% dos portadores de HAS do município. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas, avaliações bioquímica e antropométrica. Para a identificação da ocorrência de DRC, utilizou-se a fórmula CKD-EPI, que é atualmente recomendada pelo Ministério da Saúde. Utilizou-se o teste de qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher para comparação de proporções e foram estimadas razões de prevalência e os intervalos de confiança de 95% para as associações entre variáveis explicativas e a DRC. Encontrou-se que a maioria dos indivíduos avaliados era do sexo feminino (74%), idosos (69%), com baixa renda (90%), baixa escolaridade (84%) e com excesso de peso (66,9%). Encontrou-se prevalência de DRC de 38,6% (IC 95%: 33,0 - 44,2), sendo que, aproximadamente 14% estavam em estágio avançado da doença. Ao comparar as variáveis nos diferentes estágios, observou-se relação estatisticamente significante da DRC com idade, escolaridade, uso de álcool, excesso de peso, risco cardiovascular, creatinina e microalbuminúria. Quanto à razão de prevalência, observou-se associação estatisticamente significante com idade e creatinina. Conclui-se que a elevada prevalência de DRC ratifica a necessidade de capacitação da equipe de saúde envolvida no tratamento da HAS na APS, fomentando a prevenção e diagnóstico da DRC nos estágios iniciais.
Palavras-chave Doença Renal Crônica, Atenção Primária à Saúde, Hipertensão
Forma de apresentação..... Painel
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