Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 1986

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Biotecnologia
Setor Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, CNPq, FAPEMIG
Primeiro autor Angélica de Souza Gouveia
Orientador JOSE HUMBERTO DE QUEIROZ
Outros membros Fabio Ribeiro Braga, Filippe Elias de Freitas Soares, JACKSON VICTOR DE ARAUJO, Mônica Maria Magalhães Caetano
Título Atividade proteolítica do fungo nematófago Monacrosporium thaumasium sobre larvas de Angiostrongylus vasorum
Resumo Os fungos nematófagos têm sido utilizados em estudos in vitro de controle biológico. Estes organismos chamados "comedores de helmintos" destacam-se pela sua disponibilidade e facilidade de manutenção em condições de laboratório. Neste contexto, cada vez mais pesquisas são realizadas sobre a produção de metabólitos primários, tais como as enzimas proteolíticas, que têm sido estudadas em ensaios biológicos da atividade nematicida. Angiostrongylus vasorum pode causar problemas para o hospedeiro definitivo (cães) e, eventualmente parasitar o homem. A literatura tem relatado alguns trabalhos que tiveram como objetivo buscar medidas alternativas, como o controle biológico, no combate da angiostrongilíase, na qual o cão atua como um reservatório e disseminador ambiental desses parasitas potencialmente zoonóticos. Neste contexto, há uma necessidade de estudos destinados a descobrir a ação de substâncias produzidas por estes fungos em ambientes que simulam o estado natural da infecção, por exemplo, fezes contaminadas, para que estes possam vir a serem usados no controle de larvas deste nematoide. Entre estas substâncias, destacam-se as proteases produzidas por fungos nematófagos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade proteolítica do fungo Monacrosporium thaumasium(NF34a) sobre larvas de A. vasorum em coproculturas. O ensaio in vitro foi realizado da seguinte maneira: 5 ml de extrato bruto produzido por NF34a foram adicionados a coproculturas que constituíram o grupo tratado; o grupo controle foi constituído de coproculturas com apenas água destilada (5 ml). As coproculturas foram incubadas a 25 °C no escuro durante 8 dias. Após esse período, larvas de primeiro estágio (L1) de A. vasorum foram obtidas utilizando o método modificado de Baermann. Em seguida, os dados foram interpretados por análise de variância e da eficiência da destruição de L1 em relação aos grupos de controle foi avaliada pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. Em seguida, o perfil proteolítico do extrato bruto do fungo nematófago M. thaumasium (NF34a) foi revelada por meio da realização de um zimograma, utilizando caseína como substrato. A ação da enzima pode ser observada pela formação de halos brancos. Ao final de oito dias de ensaio, demonstrou-se que o extrato bruto de NF34a foi eficaz na redução do número das L1 A. vasorum. Além disso, foi observada uma diferença estatisticamente significativa (p <0,01) entre as médias de larvas recuperadas do grupo tratado em comparação com o grupo controle, com um percentual de redução de 52,0%. O perfil proteolítico do extrato bruto produzido por NF34 foi revelado via zimograma, no qual foi observada a presença de um halo de digestão de caseína, revelando a presença de uma protease de aproximadamente 40 kDa. Os resultados deste trabalho demonstraram que a protease do fungo M. thaumasium destruiu as L1 de A. vasorum em coproculturas, mantendo a sua atividade mesmo em condições adversas.
Palavras-chave Fungo nematófago, Angiostrongylus vasorum, protease
Forma de apresentação..... Painel
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