Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 1923

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Biológicas e da Saúde
Área temática Clínica e cirurgia animal
Setor Departamento de Veterinária
Bolsa CAPES
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CAPES
Primeiro autor Melina de Almeida Assis
Orientador MARIA VERONICA DE SOUZA
Outros membros Jéssica Eunice Souza, José de Oliveira Pinto, Micheline Ozana da Silva, Samuel Pereira Simonato
Título Avaliação do equilíbrio dos cascos de equinos atendidos no hospital veterinário
Resumo Introdução: o desequilíbrio do casco pode ser a causa de diversos tipos de claudicações, devido as diferentes sobrecargas que podem resultar na região distal dos membros. Objetivo: determinar se os cascos de equinos atendidos na casuística de um hospital veterinário se encontram equilibrados, independentemente da afecção apresentada durante o exame físico. Material e Métodos: os cascos foram avaliados macroscopicamente para determinar o seu equilíbrio, sendo mensurados ângulo do casco, altura dos talões (medial/lateral) e o comprimento da muralha. Adicionalmente, foram observados aspectos relacionados com a sua qualidade. Resultados: um total de 50 equinos foi incluído no estudo (19 fêmeas e 31 machos, sendo 22 garanhões e 9 castrados). A idade variou entre 1 e 18 anos (5,6±3,47) e foram de diferentes raças. Os animais eram utilizados como atletas, para passeio, reprodução, trabalho de campo, porém alguns não tinham atividade definida e outros estavam em início de doma. Dezenove apresentaram problemas locomotores, não relacionados diretamente com o casco. Os demais possuíam afecções do sistema digestório (n=5), respiratório (n=4), dermatológico (n=9), urogenital (n=10) e nervoso (n=1). Um animal apresentou infecção por Theileria equi e outro traumatismo no globo ocular. Somente 4/50 animais apresentaram todos os cascos equilibrados. Independentemente do sistema corporal afetado, o número de cascos em desequilíbrio superou o número de cascos em equilíbrio. Dos animais com cascos desequilibrados, 19 tinham histórico de claudicação. O comprimento da muralha variou de 6,0 a 12,4 cm (9,2±1,2 cm) e a altura dos talões de 2,3 a 7,9 cm e de 3,2 a 8,0 cm para o lateral e medial, respectivamente. Dos 200 cascos avaliados, 133 (66,5%) apresentavam talões (medial/lateral) nivelados, ou seja, com diferença de até 0,3 cm entre eles. O ângulo dos cascos foi de respectivamente 41 a 55 graus e de 41 a 58 graus nos membros torácicos (MTs) e pélvicos (MPs). Apenas 12 e 8 cascos apresentaram, respectivamente, simetria dos ângulos entre os MTs (direito/esquerdo) e MPs (direito/esquerdo). Além disso, 49 cascos (24,5%) apresentaram desvio medial ou lateral do ápice da ranilha, e em três cascos essa estrutura se encontrava em estado de putrefação. Adicionalmente, um equino apresentou dermovilite exsudativa crônica de ranilha. Com relação à qualidade do casco foi observado que a maioria dos animais apresentou cascos ressecados, com rachaduras e quebradiços, independentemente de estarem equilibrados. Conclusão: o ensaio experimental adotado no presente estudo demonstrou que os animais que chegam a um hospital veterinário raramente apresentam cascos em perfeito estado e em equilíbrio, e que esse aspecto é menos frequente em equinos atletas ou utilizado para passeio.
Palavras-chave cavalo, sistema locomotor, defeitos nos cascos
Forma de apresentação..... Painel
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