Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 1905

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Artes, literatura e cultura popular
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Bruno Eduardo Dias
Orientador JOELMA SANTANA SIQUEIRA
Título O direito à cidade em Jubiabá (1935), de Jorge Amado
Resumo O presente projeto de pesquisa “O direito à cidade em Jubiabá (1935), de Jorge Amado” teve como objetivo geral analisar os deslocamentos geográficos do protagonista Antônio Balduíno dentro e fora da cidade de Salvador, com o fim de identificar e discutir noções de direito à cidade na narrativa e verificar como as viagens empreendidas por ele influenciaram na formação de suas subjetividades. A metodologia empregada baseou-se na análise crítica interpretativa do texto literário à partir de pesquisa bibliográfica em textos de teoria e crítica literária. A noção de direito à cidade, proposta por Henri Lefebvre, foi empregada para analisar as apropriações dos espaços físicos da cidade pelo sujeito que vive da economia informal. Os estudos de Eduardo de Assis Duarte e Luís Bueno sobre a obra de Jorge Amado foram fundamentais para o diálogo com a recepção da obra do escritor. As viagens empreendidas pelo herói amadiano são relevantes para sua formação e vinculam-se a sua inserção na coletividade, explícita nas relações travadas e propiciadas pelas diversas experiências vividas por ele com os sujeitos encontrados nos diferentes lugares por onde passou. Por outro lado, a narrativa também focaliza aspectos pessoais, relacionados aos sentimentos e à memória do personagem, como fundamentais para sua formação, o que destoa de uma parcela da crítica de Jubiabá que considera-o frágil devido à incorporação das subjetividades na esfera da coletividade. Os resultados alcançados apontam para uma dialética entre o individual e o coletivo no percurso empreendido pelo personagem, o que contribui para sua condição de futuro sindicalista empenhando na luta de classe. Esse aspecto permite contrapor argumentos desfavoráveis à narrativa de Jorge Amado, pois propõe que o escritor baiano, ao elaborar o romance do proletário, com visível preocupação social, não o fez de uma perspectiva apenas exterior para a construção do personagem principal. Balduíno, representante do povo excluído na cidade moderna, tem seus momentos de individualidade e esses tem importância para sua consciência futura como líder sindicalista.
Palavras-chave Literatura de Viagens, Jorge Amado, Jubiabá
Forma de apresentação..... Oral
Gerado em 0,69 segundos.