Ciência e Tecnologia: bases para o Desenvolvimento Social

20 a 25 de outubro de 2014

Trabalho 1897

ISSN 2237-9045
Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Humanas e Sociais
Área temática Cidadania, inclusão social e direitos humanos
Setor Departamento de Letras
Bolsa PIBIC/CNPq
Conclusão de bolsa Sim
Apoio financeiro CNPq
Primeiro autor Isabelle de Araujo Lima e Souza
Orientador ANA LUISA BORBA GEDIEL
Título Sinais Como Nomes Próprios: Significados Corporais a partir das especificidades da Lingua de Sinais para a comunidade surda de Viçosa
Resumo A pesquisa intitulada: Sinais Como Nomes Próprios: Significados Corporais a partir das especificidades da Língua se Sinais para a comunidade surda de Viçosa, teve como objetivo compreender como são construídos os sinais referentes aos nomes próprios das pessoas surdas, usuárias da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, na cidade de Viçosa, MG; e suas influências a partir de questões de gênero, diferenças regionais e geracionais. A LIBRAS tem uma estrutura linguística e gramática própria, por meio da qual os surdos se identificam como minoria étnico-linguística. Em meio à relação língua e cultura, os Sinais Próprios são considerados como um aspecto cultural, entendidos como um ‘batismo’ para o reconhecimento entre os surdos usuários da LIBRAS. Nesse sentido, a nominação em LIBRAS de uma pessoa é um dos primeiros demarcadores na comunicação por meio dessa língua. Durante dois anos de pesquisa, utilizou-se da metodologia qualitativa, amparada em pressupostos da pesquisa etnográfica, como: observação participante, caderno de anotações e diário de campo, além da realização de entrevistas semi-estruturadas com ouvintes, usuários da LIBRAS e com três surdos do município, que foram denominados como chaves, para a coleta de dados. Através dos dados foi possível perceber que existe uma rede comunicativa de Surdos em Viçosa, mapeada a partir dos espaços de sociabilidade. Foi identificado, ainda, que os surdos, os quais nominam as pessoas, o fazem de acordo com as experiências de aquisição linguística, ressignificando as formas das construções das unidades mínimas da língua, as quais posicionam os corpos no mundo. A partir disso, notou-se um padrão na configuração de mão e no movimento dos sinais femininos de Viçosa; outro aspecto evidenciado foi a datilologia para a configuração de mão do sinal próprio. Em relação às variações regionais, devido ao fato de não ter uma comunidade linguística formada, a transitoriedade dos surdos chaves traz uma regionalidade, que é pautada durante as interações, não havendo uma norma. Esta é estabelecida no próprio discurso, para o entendimento da mensagem entre o emissor e o receptor. Conclui-se que não há uma separação entre as vivências dos sujeitos e suas construções linguísticas.
Palavras-chave LIBRAS, Corporeidade, Nomes Próprios
Forma de apresentação..... Oral
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