Resumo |
Atualmente, um dos fatores limitantes ao desenvolvimento da heveicultura está relacionado à qualidade das sementes, acarretando dificuldades no processo de obtenção das mudas. Estudos relacionados ao desenvolvimento e maturação das sementes de seringueira [Hevea brasiliensis (HBK) M. Arg.], visando a sua colheita em época adequada de modo a se obter sementes de alta qualidade são imprescindíveis. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as alterações físicas e fisiológicas durante o desenvolvimento de sementes de seringueira até a sua deiscência, com intuito de determinar o ponto de maturidade fisiológica e estimar a época ideal de colheita. O estudo foi desenvolvido na fazenda experimental da EPAMIG, município de Oratórios, no estado de Minas Gerais, em uma aérea de plantio comercial de seringueira, onde foram selecionadas 30 plantas em diferentes pontos para a colheita das sementes. As inflorescências foram marcadas na data da antese e foram feitas coletas de frutos e sementes a cada 15 dias até 180 dias após a antese (DAA), determinando-se o grau de umidade, matéria seca, diâmetro e comprimento. Avaliou-se ainda a porcentagem e o índice de velocidade de emergência de plântulas em casa de vegetação. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro repetições. Os dados foram submetidos à análise de variância e, para cada variável analisada, os dados referentes às épocas de colheita foram submetidos à análise de regressão. Houve redução no teor de água das sementes com o decorrer da maturação. Foi possível observar que o tamanho máximo dos frutos ocorreu aos 120 DAA, e das sementes aos 150 DAA, quando atingiram a capacidade de germinar. A maturidade fisiológica das sementes de seringueira ocorreu aos 175 DAA, quando se obteve o máximo conteúdo de massa seca. Entre 175 e 180 DAA observou-se também maior germinação e vigor. A deiscência dos frutos ocorreu aos 180 DAA, indicando que a colheita das sementes deve ser feita entre 175 e 180 DAA. |