Das Montanhas de Minas ao Oceano : Os Caminhos da Ciência para um futuro sustentável

20 a 24 de outubro de 2025

Trabalho 22447

Instituição Universidade Federal de Viçosa
Nível Pós-graduação
Modalidade Pesquisa
Área de conhecimento Ciências Exatas e Tecnológicas
Área temática Dimensões Ambientais: ODS12
Setor Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas
Conclusão de bolsa Não
Apoio financeiro CAPES, FAPEMIG
Primeiro autor Niely Ester Oliveira Lopes
Orientador JAIRO TRONTO
Outros membros Istefane Cristina Borges Rodrigues
Título Desenvolvimento de filmes biodegradáveis de PBAT/PLA com nanoargila organofílica e nanopartículas de zinco para embalagens alimentícias: caracterização estrutural e propriedades de barreira
Resumo A crescente preocupação com os impactos ambientais dos plásticos convencionais tem impulsionado a demanda por embalagens sustentáveis. O grande desafio é desenvolver materiais biodegradáveis com desempenho similar aos polímeros tradicionais, especialmente em propriedades mecânicas e de barreira. A blenda polimérica de PBAT e PLA surgem como alternativa promissora, mas ainda necessitam de modificações para alcançar propriedades competitivas sem perder sua sustentabilidade. Este trabalho teve como objetivo desenvolver filmes a partir dos polímeros biodegradáveis PBAT e PLA, utilizando a técnica de extrusão de filme soprado, incorporando dois aditivos estratégicos, a nanoargila montmorillonita modificada com octadecilamina (MMT-OCT), visando melhorar as propriedades mecânicas do material, e as nanopartículas de zinco (NP-Zn), buscando conferir propriedades antimicrobianas relevantes para embalagens alimentícias. Foram avaliadas concentrações de MMT-OCT variando de 0% a 2,25% (aumento de 0,25% por amostra), processadas por extrusão em zonas de temperatura entre 160°C a 190°C com velocidade de rosca de 50 rpm. Além disso, as NP-Zn foram adicionadas na concentração de 1%. As caracterizações realizadas incluíram difratometria de raios-X (DRX), que confirmou a presença da MMT-OCT nos filmes através do aparecimento de um pico característico em 2θ = 4,43°, correspondente ao plano (001) da estrutura da nanoargila, além de apresentarem picos bem definidos acima de 2θ = 9°, indicando a contribuição cristalina da blenda polimérica. As análises por espectroscopia FTIR e Raman revelaram bandas características dos grupos funcionais, bem como evidências de interações entre a MMT-OCT, as NP-Zn e a matriz polimérica. A microscopia eletrônica de varredura (MEV) demonstrou que as superfícies dos filmes variaram com a composição. Enquanto o controle apresentava heterogeneidade, as amostras com NP-Zn exibiram uma distribuição uniforme de partículas pequenas, o que é interessante para atividade antimicrobiana. Já nas amostras com altas concentrações de MMT-OCT (acima de 2%), notou-se a formação de aglomerados que podem comprometer a homogeneidade do material. A avaliação da taxa de transmissão ao vapor d'água (TTVA), propriedade que mede a permeabilidade à umidade, demonstrou que as amostras com 1,75% e 2% de MMT-OCT apresentaram redução significativa na permeabilidade ao vapor, indicando eficácia como barreira, mas concentrações acima de 2% não mostraram melhoria, provavelmente devido à aglomeração da MMT-OCT. A adição de NP-Zn também ajudou na redução da TTVA, atuando de forma complementar à MMT-OCT na melhoria das propriedades de barreira do material. Os resultados comprovam a presença da MMT-OCT na matriz polimérica, assim como a incorporação das nanopartículas de zinco. O estudo demonstra o potencial desta abordagem para desenvolver filmes biodegradáveis com propriedades aprimoradas para embalagens alimentícias sustentáveis.
Palavras-chave montmorillonita, extrusão, octadecilamina
Apresentações
  • Painel: Hall PVA, 22/10/2025, de 10:00 a 12:00

Clique na forma de apresentação para ver a apresentação.

Link para apresentação Painel
Gerado em 0,75 segundos.